Escrevo esta coluna quando faltam três rodadas para acabar a Série B 2024 e com o Ceará lutando bravamente pelo acesso contra equipes que, salvo o Sport-PE, não parecem que irão vacilar nesta reta final de competição. O rendimento do time do Vozão, neste final de competição, está ligado aos ajustes que o treinador Léo Condé fez desde sua chegada.

Precisamente, por conta da falta de tempo para treinamentos, Condé percebeu que o ajuste, além de emocional (a fim de elevar o ânimo da moçada), deveria ocorrer na transição, de maneira que é notório o avanço de opções de passes na intermediaria que levam grande perigo ao adversário, coisa que não ocorria no time quando treinado por Vagner Mancini, o qual preferia uma transição lenta, principalmente, sobrecarregando os volantes como armadores de jogadas.
Ora, esta mudança de atitude, apesar de ser comum em muitas equipes da Série B (ou seja, não dá sinal de que vai lutar para subir até determinado momento da competição), ocorreu de modo tardio no Ceará. Se nosso time, atualmente, está a dois pontos do Sport-PE, cinco do Mirassol-SP e seis do Novorizontino-SP, isso muito se deve aos pontos perdidos no início da competição. Contudo, aqui devemos separar a perda de pontos por falta de atitude do time para vencer algumas “partidas chave” e outros pontos perdidos por erros grosseiros de arbitragem.

No primeiro turno, jogamos contra o Mirassol, no interior de São Paulo, e após estarmos perdendo por 2 x 0, conseguimos empatar. Entretanto, tomamos um gol perfeitamente evitável no final da partida, de modo que não apenas perdemos um ponto, mas também demos dois ao Mirassol. Ainda no primeiro turno, jogamos contra Sport-SP e Goiás-SP, ambos na Arena Castelão, e “amassamos” as duas equipes. O que, contudo, não resultou em um placar favorável a nós, pois empatamos os dois jogos. Isso também significa dois pontos a menos para nós e um a mais para o Sport-PE, que conosco briga pelo acesso.
Quanto aos erros de arbitragem, há, pelo menos dois casos, que são exemplares. O primeiro é a partida de volta do turno contra o Goiás, em Goiânia, na qual o Ceará foi muito prejudicado tanto por conta de um dois toques do goleiro Tadeu ao cobrar um pênalti contra nós quanto no segundo pênalti para eles em que houve uma falta claríssima contra um jogador do Vozão, que o árbitro preferiu não ver e marcou penalidade contra nossa equipe na continuação da jogada. Outro jogo em que houve um erro grosseiro de arbitragem foi contra o Mirassol-SP, aqui no Castelão, em que o juiz marcou um pênalti inexistente a favor do adversário, decretando, assim, a vitória dos paulistas.

TRAJETÓRIA DO CEARÁ NA ‘BALANÇA’
Ao colocarmos toda essa trajetória na “balança de medição” de nosso rendimento no campeonato, podemos cravar que se o Ceará tivesse conseguido mais seis pontos, estaria em uma situação excelente. Suponhamos que esses pontos pudessem ter vindo das partidas contra o Mirassol-SP (que poderiam perfeitamente ser dois empates) e do empate que cedemos aqui contra o Goiás-SP, no Castelão, isso significaria que o Mirassol-SP teria quatro pontos a menos, acarretando que nós estaríamos com 63 pontos e a uma vitória de subir. Contudo, o real é aquilo que sonega nossos desejos e a realidade atual é não dar nenhuma brecha e aproveitar os vacilos dos adversários, se houver. Se não ocorrer nenhum vacilo dos adversários, que pena, pois tentamos bravamente.

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