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Federação de Atletas faz exigência para a CBF voltar com os jogos após à pandemia pela Covid-19

Foto: Stephan Eilert/ Ceará SC

A Fenapaf (Federação Nacional de Atletas Profissionais), decidiu em reunião na última quinta-feira, 9 de abril, reduzir o intervalo entre as partidas de 66 horas para 48 horas, para facilitar o remanejamento das partidas, visto que os estaduais também estão paralisados por conta do surto de coronavírus. A data prevista de iniciar o Brasileirão era no início de maio, mas de acordo com a CBF, os estaduais e regionais, têm prioridade.

Desde 2017, o Regulamento Geral da CBF, cita que é preciso respeitar o intervalo mínimo de 66 horas entre as partidas, no estado do Rio de Janeiro, por exemplo o intervalo é de 60 horas. O presidente da Fenapaf, Felipe Augusto Leite, comentou como foi a reunião e as medidas propostas pela entidade.

“Falei com o presidente Caboclo (presidente da CBF) no início da paralisação. Também com o Rubinho (presidente da Ferj). Rubinho achou espetacular. Ouviram (Caboclo e Rubinho) com agradecimento. Estão vendo que todos querem solucionar uma coisa tão grave. Nosso entendimento é de colaborar, encontrar saídas. Os atletas são sensíveis ao que está se passando”, comentou Felipe Augusto Leite sobre as conversas com os dirigentes.

Sobre o intervalo das partidas, o presidente da Federação de Atletas, avaliou: “A sugestão é num momento de excepcionalidade extrema. Precisamos manter postos de trabalho. Não vou ser eu que vou fazer isso (denunciar a infração do regulamento de 66h). Estamos em caráter excepcionalíssimo. Não vamos botar clubes de dois em dois dias para jogar várias vezes. Um joga uma vez, outro joga e vai acomodando para não sobrecarregar ninguém”, pontuou o presidente da Fenapaf.

Segundo estudo do jornalista Rodrigo Capelo, do Globoesporte.com, se os jogos retornassem no dia 1º de junho, restariam 202 dias até o dia 20 de dezembro, para cumprir calendário com 61 datas, seria necessário cada time jogar a cada 3 dias para cumprir o calendário, sem contar a paralisação por conta das “datas FIFA”. Em outra hipótese, se as competições retornassem no dia 1º de julho, teríamos apenas 50 datas disponíveis e os campeonatos precisariam ser reduzidos.