Meu Vozão Ceará Sporting Club

Presidente do Ceará fala sobre os cenários dos meses que virão pela frente, caso o futebol não seja retomado

Contrata, Ceará: confira uma lista de atacantes livres no mercado
Foto: Reprodução/TV Verde Mares

Em entrevista para o canal da ESPN, no programa SportCenter, o presidente do Ceará, Robinson de Castro, falou sobre os cenários dos meses que virão pela frente, caso o futebol não seja retomado no final do mês de maio para junho.

“Vamos ter que entender o momento em que vivemos e tentar, todo mundo, ceder alguma coisa. Não vai ser possível, principalmente no futebol, uma folha de pagamento alta demais. As cifras no futebol são foras do padrão de qualquer organização. Isso é até motivo para reflexão, para a gente, para frente, repensar um pouco os valores que hoje circulam dentro do futebol, especialmente salário de jogadores e treinadores que são totalmente incompatíveis com a realidade social que o nosso país tem”, argumentou.

Presidente explicou que o Ceará possui uma boa saúde e organização financeira, mas que o momento tende a ser delicado não só para o Vozão, mas também para outros clubes da capital e do Brasil. “Apesar de toda organização, demorou muito tempo até que chegássemos a esse ponto de ter um clube sadio e organizado, econômico e financeiramente, mas o momento vai ser delicado para todo mundo”, contou.

Por fim, o mandatário esclareceu que mesmo o Ceará tenha sofrido com a falta de recursos financeiros nesse mês, o clube conseguiu pagar todas as despeses do mês de março. Por outro lado, indicou que os meses de abril e maio, poderão ter um cenário mais complicado.

“Nós estimamos logo no primeiro mês a ausência de recursos do caixa por conta da pandemia, pois não houveram jogos, nosso programa de sócios, que estávamos com estimativa de crescimento, e também pela ausência de premiações por passagem de fase em campeonatos locais, regionais e Copa do Brasil. Também houveram patrocinadores que pediram para rever o valor, prorrogaram valores. Apesar disso, conseguimos, graças ao trabalho com responsabilidade, encerrar o mês de março quitando nossas despesas, fazendo a folha de pagamento de atletas e funcionários, mas o mês de abril deve ser um pouco nebuloso para a gente. Teremos que usar muita criatividade para conseguir vencer o mês de abril e o mês de maio me parece mais ainda difícil, talvez o mais difícil, mesmo o Ceará sendo um clube organizado”, prenunciou.