A Cidade Vozão, centro de treinamento das categoriase de base do Ceará, foi adquiridada em 2014, ano do centenário do clube. Desde então, o clube já revelou vários atletas e teve retornos financeiros em negociações. Segundo dados divulgados pelo Diário do Nordeste e atualizado pela nossa reportagem, o Vovô teve um apurado de mais de R$34 milhões em transições feitas de seus “crias”.
A principal e maior negociação até aqui, foi envolvendo Arthur Cabral. Vice-artiheiro do Brasil em 2018 com 24 gols, o centroavante foi vendido naquele mesmo ano para o Palmeiras e teve 50% de seus direitos econômicos negociados por R$5,5 milhões. Em 2019, ao se transferir para o Verdão e não ter espaço na equipe, ele foi emprestado ao FC Basel-SUI. Após bater metas impostas por contrato, ele foi adquirido, em junho de 2020, por 4,4 milhões de euros (cerca de R$26,9 milhões na época). Deste valor, o Vovô “abocanhou” a metade, cerca de R$13 milhões. Valor esse que já foi recebido integralmente pelo clube, segundo confirmado pela diretoria do Ceará ao Meu Vozão.
Mas não parou por aí. Em fevereiro deste ano, a Fiorentina-ITA tirou o artilheiro da equipe suíça ao comprá-lo por 15 milhões de euros, cerca de R$92 milhões na cotação daquele momento. Foi aí que a situação virou um problema. Isso porque a gestão do Ceará alega que o clube é dono de metade de tudo o que o Palmeiras receber por Arthur, já a diretoria paulista nega. Segundo o clube, teria sido um acordo na venda do atleta para o Basel, em que 15% do mais-valia seria do Vovô, ou seja, do lucro da venda do paraibano. Para receber o que lhe é de direito, o Ceará denunciou o Palmeiras na CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas) da CBF e aguarda que a situação seja solucionada.
Mas não foi apenas o talento de Arthur Cabral que foi responsável por “encher” os cofres de Porangabuçu. Outras crias do CT de Itaitinga, região metropolitana da capital cearense, também renderam “motantes” ao Vovô, como Artur Victor, negociado ainda na base para o Palmeiras e hoje no RB Bragantino, Rick, Felipe Jonathan, maior venda do futebol cearense na época, Lucca, atleta negociado para o Internacional-RS ainda na base, Pablo Nascimento, Caio Paulista, que atuou no Sub-20, e Marcos Victor.
O zagueiro, última transição realizada pelo Alvinegro, foi vendido para o Bahia por 700 mil euros, cerca de R$3,9 milhões na cotação atual, por 100% de seus direitos econômicos. Desse valor, 60% é do Ceará (420 mil euros) e 40% é do Floresta (280 mil euros). Isso porque o atleta chegou ao clube no ano passado, para defender por empréstimo o time Sub-20. E teve 60% de seus direitos econômicos comprados por R$200 mil em junho deste ano após boas apresentações na equipe principal.
Veja abaixo principais faturamentos do Ceará com negociações de atletas formados na Cidade Vozão.
1º Arthur Cabral: quase R$19 milhões – R$5,5 na venda para o Palmeiras, em 2018, e R$13 milhões na venda ao FC Basel, em 2020.
2º Artur Victor: R$6 milhões na venda do Palmeiras ao RB Bragantino
3º Felipe Jonathan: R$6 milhões na venda ao Santos FC em 2019
4º Rick Jhonatan: R$4,8 milhões na venda ao Ludogorets, da Bulgária, em 2021
5º Marcos Victor: 420 mil euros na venda ao Bahia em dezembro de 2022 (valor equivalente a R$2,373 milhões).
6º Caio Paulista: R$1,6 milhão pela venda do Tombense-MG ao Fluminense-RJ em 2021
7º Lucca: R$1,2 milhão por venda ao Internacional-RS em 2020, quando ele tinha 17 anos.
8º Pablo Nascimento: cerca de R$352 mil na venda do Bordeaux-FRA ao Lokomotiv Moscou-RUS em janeiro de 2021.
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