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Ceará: Prass se posiciona sobre questões envolvendo a retomada do futebol no Brasil

Fernando Prass, ex-Ceará
Foto: Divulgação / Ceará SC

Em entrevista para o jornal O POVO, o goleiro Fernando Prass abriu o jogo e explicou o seu ponto de vista com relação a retomada do futebol no Brasil em meio à pandemia pelo novo coronavírus.

“Não dá para tratar globalmente, tem que ser tratado estado a estado, com ações conjuntas, não para voltar, mas para tentar entender o que vai fazer. Qual o nexo de tu liberar a volta do futebol e manter outras áreas fechadas com relevância para sociedade maior do que o futebol?”, questionou.

Para o jogador, a partir do momento em que se dá carta branca para o retorno do esprote, outros setores considerados não essenciais: bares, restaurantes, comércio entre outros também merecem voltar aos trabalhos: “Me desculpa, mas eu sou um dos mais interessados na volta, tanto pela minha posição de estar trancado em casa quanto pela parte econômica. O futebol parado perde muito dinheiro e reflete na gente. Mas não vejo o futebol dentro das atividades essenciais na sociedade”, comentou.

Por fim, o goleiro do Ceará explicou que é preciso avaliar o atual cenário antes de bater o martelo sobre a volta do futebol no país. “Óbvio que é essencial para quem vive do futebol. Mas temos que ter opinião dentro de um contexto. Pelo cenário que se apresenta hoje no estado do Ceará é muito complicado a volta do futebol. Tem que se falar de planejamento futuro para quando tiver situação melhor, termos todo mundo preparado para voltar”, completou.

O goleiro também disse entender os posicionamentos contrários sobre o isolamento social. Com o último decreto do Governo do Ceará, que deixou mais rígida a quarentena, o jogador segue respeitando as autoridades e não tem saído nem para caminhar no condomínio onde vive.

“As duas situações (isolamento ou liberação) trazem efeitos colaterais. Tenho condição de ficar em casa, mas quem não tem como faz, que não tem o que comer e não pode sair? Do outro lado, o governo pede para ficar em casa e não tem condição de prover condição mínima para ficar em casa. Se a pessoa sair vira agente de disseminação da pandemia.”