O sonho de todo pai apaixonado por um time de futebol é levar sua “cria” ao estádio para torcer pelo clube de seu coração. Frequentador ferrenho de estádio e apaixonado pelo Ceará, Paulo Bruno levou Valentina, sua filha de 4 anos, ao estádio Presidente Vargas para assistir a vitória do Vovô sobre o Sampaio Corrêa-MA, pela Copa do Nordeste. Mas, ao precisar levar a pequena ao banheiro, pai e filha viveram momentos de constrangimento.
O dia 4 de fevereiro, há 10 dias, a pequena Valentina estava indo, pela segunda vez em sua vida, assistir a um jogo do Vozão no estádio. Filha de pai alvinegro, Valentina também é alvinegra. Já tendo ido a primeira vez com seu pai e sua mãe, na vitória sobre o Maracanã pelo Campeonato Cearense, ela gostou de sentir a emoção do PV pulsando em preto e branco e quis ir mais uma vez, mas desta vez apenas com Paulo Bruno.
Antes do primeiro tempo, a criança precisou ir ao banheiro e, como não havia fluxo de pessoas naquele momento, o pai deixou que uma senhora que estava supervisionando o banheiro feminino a levasse para fazer sua necessidade. Mas, constrangida, a criança não se sentiu à vontade de deixar a desconhecida limpá-la e, como não havia ninguém, seu pai precisou entrar no banheiro para isso, segundo conta ele. Mas, o grande problema aconteceu no intervalo do jogo. Com o “entra e sai” de pessoas dos banheiros entre o primeiro e o segundo tempo, Paulo Bruno procurou saber se havia um banheiro família, como há shoppings e locais que recebem grande número pessoas, para que pudesse levar a filha. Mas, bastante atenciosa, a mesma senhora da situação anterior respondeu-lhe que não.
Já “apertada” segurando a necessidade, a criança de 4 anos começou a ficar nervosa, pois estava precisando ir ao banheiro. Algumas torcedoras que entravam no local até ofereceram ajuda, mas Valentina só queria o pai ao lado. De mãos atadas, Paulo Bruno pediu para utilizar o banheiro de deficientes, mas, mais uma vez teve resposta negativa: a senhora da limpeza não estava com as chaves.
“A Valentina precisou ir no banheiro antes do primeito tempo. Tiinha uma senhora, funcionária super gente boa na entrada (do banheiro). Perguntei se tinha banheiro família e ela disse que não, daí minha filha entrou sozinha, mas não quis que a senhora limpasse ela e eu tive que entrar no banheiro pra limpa-lá. O fluxo era quase zero no banheiro feminino e entrei, mas com muito receio. No final do primeiro tempo, ela precisou ir novamente ao banheiro. Essa foi a hora mais tensa, pois ela não quis mais entrar sem mim. Outras torcedoras perguntaram se ela não queria e daí foi um show, chorou e tal… No movimento que eu percebi o banheiro para deficientes perguntei se podia usar. Foi então que a mesma senhora tomou a iniciativa, esperou vagar o banheiro feminino e eu entrei com a Valentina”, contou Paulo Bruno.
Com o trio – pai, mãe e filha – morando sozinhos aqui na capital cearense e longe da família, Valentina é muito apegada aos pais e não se sente confortável com qualquer pessoa. E ter vivivo essa situação, onde ela e o pai passaram por esse constrangimento, Paulo Bruno repensa sobre a decisão de levá-la ao estádio sem a presença da esposa, mesmo afirmando que sua filha vai seguir acompanhando de perto os jogos do Vovô.
“Pelo horário, hoje não a levarei. Mas confesso que esse tipo de situação me faz ficar com receio. Não irei deixar de levar minha filha ao estádio, mas espero que neste ponto o estádio melhore”, finalizou.
Veja mais notícias do Ceará, acompanhe os jogos, resultados e classificação além da história e títulos do Ceará Sporting Club.