O futebol feminino do Ceará segue sendo assunto bastante comentado em todo o Brasil depois de dois vexames na temporada. Eduardo Arruda, diretor administrativo e quem está à frente da gestão da modalidade, concedeu entrevista à imprensa, no fim da manhã desta terça-feira (28), e falou que, apesar das goleadas, as atletas estão “super felizes” pela oportunidade de jogar no clube. Essa fala não pegou muito bem para os torcedores do Vovô, que criticaram o dirigente nas redes sociais e até acusado de ter sido desrespeitoso com as atletas.
Diferente do que vinha acontecendo nos anos anteriores, as meninas do Vozão estão tendo um péssimo início de temporada. Após goleadas para Flamengo, na Supercopa, e para Corinthians, na Série A1 do Brasileirão, as críticas sobre a diretoria alvinegra têm sido cada vez maiores por suposto descaso com as atletas alvinegras. Eduardo Arruda, no entanto, não concorda. O dirigente alvinegro, que é gestor do futebol feminino e futsal do Ceará, deu a entender a grande polêmica nesta situação é mais pela questão dos placares elásticos e pela imagem forte da goleira Thais chorando e sendo amparada por adversárias. Mas, segundo ele, todas as jogadoras seguem trabalhando felizes pela chance de poder defender o Vovô na elite do futebol feminino.
“O impacto de se levar 14 gols e ela (goleira) sair chorando, é uma coisa. Mas o Matheusinho, que é da nossa comunicação e estava no jogo, é diferente. Elas estão super felizes pela oportunidade dada delas trabalharem no Ceará, participando de uma competição nacional, jogando com o Flamengo e a televisão transmitindo. O impacto dos gols e a imagem dela chorando é uma coisa. Isso foi reverberado, massacrado. Mas a atleta está super feliz, trabalhando. Mesmo depois das duas goleadas, mesmo com as tristezas nos jogos, garabnto que aqui as jogadoras estão felizes, alegres e contentes trabalhando no clube e jogando Série A”, disse Eduardo Arruda.
Se no ano passado o elenco era recheado de atletas experientes e tinha algumas jovens, neste ano é diferente. O grupo é composto por jogadoras da base, muitas tendo idade entre 14 e 17 anos, inclusive. De “cara nova”, apenas três: goleiras Manu e Mirian e atacante Elena Kossler. A zagueira Karen Rocha foi o quarto nome anunciado, mas já estava no clube em 2022.
E, para que seja possível fazer uma competição o menos vexatória possível, os profissionais do setor comercial e de marketing terão novamente a responsabilidade de buscar um meio de “levantar” dinheiro para investir na modalidade. Como isso acontecerá, não foi informado. Mas, o que já se sabe é que o clube vai contratar 10 jogadoras com experiência na Série A ou B do futebol feminino para que possa agregar à equipe. Cinco já estão acertando com a diretoria e outras cinco devem assinar até a semana que vem.
“Contratamos quatro atletas. Estamos fechando com cinco essa semana e queremos fechar com mais cinco na semana que vem. Buscamos jogadoras nas Séries A e B. O Ceará precisava do ‘ok’ da executiva pra fechar os contatos. O mês de março será de bastante ativações envolvendo o time feminino. Fizemos uma reunião com o marketing e o comercial para pensarmos nisso”, finalizou Eduardo Arruda.
COMENTÁRIO DO DIRIGENTE PEGOU MAL
A fala de Arruda, sobre as atletas estarem felizes mesmo após humilhações a cada partida, não soou de forma positiva para a torcida alvinegra. Após ter sido fundamental no título da Série A2 do Brasileirão Feminino no ano passado, os torcedores agora cobram para que a diretoria monte uma equipe que possa disputar com menos dispirada na elite da modalidade.
Nas redes sociais, alvinegros e alvinegras cobraram respeito para com a modalidade e, principalmente, com as atletas. Já que o grupo é formado por um elenco muito jovem e várias são as meninas que ainda não atingiram a maior idade.
Veja abaixo alguns comentários.
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