O futebol brasileiro está vivendo aquilo que pode ser o maior escândalo de sua historia. Com suspeitas de manipulações de partidas, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) está investigando envolvimento de vários atletas, sendo três deles com passagens pelo Ceará, na chamada “Operação Penalidade Máxima II”. Devido à situação gerada, principalmente nas redes sociais, iniciaram boatos que as séries A e B poderiam ser paralisadas. No entanto, Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) rechaçou qualquer possibilidade disso acontecer. A informação foi divulgada no site da Uol Esportes.
Os patrocinadores do mercado bet estão “tomando de conta” do futebol, sendo parceiros master de várias equipes da Primeira e Segunda Divisão do Brasileirão. Mas, assim como essas empresas fortalecem clubes com seus investimentos, também há o “outro lado” em que pessoas utilizam do equipamento para ganhar dinheiro de maneira desonesta.
Vários jogadores que foram citados pela quadrilha que está sendo investigada por fraude em partidas das Séries A e B de 2022. Dentre eles, três já passaram pelo Ceará: o zagueiro Rafael Vaz, lateral-direito Nino Paraíba e o volante Richard Coelho. Apenas Vaz não estava mais no Alvinegro quando supostamente teria se envolvido no esquema. O último tem contrato com o Ceará até o fim do próximo ano e foi emprestado ao Cruzeiro-MG. Mas, devido ao ocorrido, o vínculo na Raposa foi suspenso.
Devido à gravidade da situação, foi levantada a suspeita de que as duas principais competições do Brasileirão poderiam ser paralisadas. No entanto, Ednaldo Rodrigues descartou. Apesar de afirmar que o escândalo manche a imagem do campeonato, ele não vê necessidade de uma atitude assim já que, segundo ele, apenas atletas estão envolvidos. Ele ainda cobrou rigor contra os culpados.
“Não temos como suspender a competição. Não é (acusação) de um dirigente, não é de um presidente de clube, não é de um árbitro. Isso está sendo de atletas. A CBF espera que tenha um rigor de quem está fazendo as apurações. A CBF não tem poder de polícia e Justiça”, disse o presidente.
Sabendo dos prejuízos que toda essa situação causa à disputa, a CBF vem se reunindo com a Fifa para que possa ampliar o monitoramente de em sites de apostas esportivas. Atualmente a entidade tem contrato com a Sports Radar e já houve casos de suspeitas serem enviadas ao STJD (Superior Tribunal da Justiça Desportiva).
“Quando tem isso (suspeita de manipulação), a gente encaminha ao STJD. Que os causadores sejam suspensos de acordo com as leis”, disse. “Iniciativa da CBF (monitoramento) com a Fifa, queremos passar (a situação) para a Fifa”.
CBF FARÁ REUNIÃO COM CLUBES
O presidente da CBF deve se reunir o quanto antes com os representantes dos clubes das séries A, B e C do Campeonato Brasileiro, através de videoconferência, para que possam encontrar meios de reprimir que essas manipulações continuem ocorrendo, sendo prejuízo para as competições e também para os clubes.
“Chamar todos. Quero mostrar a documentação com a Fifa. As medidas que a CBF pode estar fazendo, a contribuição para inibir a situação. Já agora na próxima reunião envolvendo clubes na reunião nas Séries A, B, C. Eles estão em atividade então podemos fazer por videoconferência. Mostrar o que é feito, e todas as providências que estão sendo feitas”, finalizou Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.
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