Um pergunta difícil que gera opiniões divergentes entre a torcida do Ceará: Albeci Júnior foi um erro ou acerto para o departamento de futebol? As cartas estão na mesa e vamos pontuar.
Ao fim da desastrosa temporada de 2022, que foi encerrada com o rebaixamento do Vozão para a Série B do Campeonato Brasileiro, o Alvinegro passou por uma grande reformulação em toda sua estrutura, elenco, comissão técnica, marketing, comunicação e outros.
Todo o clube em si foi duramente afetado pela perda de receitas e o futebol profissional, que é o que mantém as contas em dias, teve que ser readequado à realidade que viria em 2023. Uma das primeiras mudanças foi a indicação de Albeci Junior para o cargo de diretor de futebol.
O dirigente tem 40 anos é formado em Educação Física e tem em seu currículo cursos de Executivo de Futebol e Gestor de Futebol, ambos pela CBF Academy. Tendo o Ceará como primeira experiencia no comando da direção de futebol, Albeci foi um dos responsáveis pela montagem do elenco vice-campeão Cearense e campeão da Copa do Nordeste.
Bons resultados para um time que acabou de ser rebaixado e está se remontando para o futuro. Mas, apesar destas conquistas no primeiro semestre, o diretor nunca foi consenso dentro da torcida. Muitos contratações são, no mínimo, questionáveis. Como vários atletas chegam ao clube sem conseguir agregar ou se firmar.
É claro que nem tudo é culpa da direção de futebol. As trocas constantes de treinador também atrapalham o desenvolvimento do trabalho a longo prazo e colocam em cheque algumas aquisições do Alvinegro.
O ano de 2023 é um desafio diferente para o Vozão. Apesar do rebaixamento, o Ceará tem a folha mais cara da Série B e não vem colhendo os resultados na competição. Mais um motivo para deixar insatisfeita a torcida que sempre procura, principalmente em momentos de crise, um personagem pra ser o culpado.
Não é o caso de responsabilizar Albeci Júnior por todos os insucessos do Alvinegro de Porangabuçu, até porque decisões não cabem apenas a ele. Mas, não podemos isentá-lo de responsabilidades.
Em um ano que mais do que nunca precisamos do acesso para manter o patamar de investimentos de outrora, será que colocar nas mãos de uma pessoa com pouca experiencia prática foi a melhor escolha? Depois, escolher por mantê-lo, como confirmado pelo presidente João Paulo Silva, é a melhor escolha para o Ceará?
Pessoalmente, acredito que foi um erro! Não pela qualificação do profissional, mas para uma competição tão importante nas ambições do clube, havia-se necessidade de escolher alguém com comprovada experiencia no mercado do futebol.
Um clube de massa como o Ceará, que atravessa um momento político bastante delicado há um bom tempo, com a torcida vivenciando sucessões de erros em campo, na direção e na própria organização do clube, não poderia ter se dado ao luxo de “testar” alguém com pouca experiencia para um cargo tão importante.
Albeci é um profissional estudado e competente, disso não há o que se questionar. Mas, colocá-lo em uma posição tão delicada, queimando, de certa forma, algumas “etapas” do seu desenvolvimento profissional, pode ter um custo alto ao fim da temporada.
A garantia de retorno desportivo nem sempre pode ser condicionada à contratação de pessoas experientes na comissão técnica, direção, etc. O que é certo é que profissionais que já atuam na área e mais experimentados minimizariam os riscos de um planejamento de temporada.
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