OPINIÃO | A mediocridade de quem está no poder tira toda a grandeza do nosso Ceará

Todos nós sabemos que não é de hoje que as reclamações feitas a respeito da diretoria do Ceará. Chega a ser banal o quanto o torcedor precisa repetir a frase “reformulação” todo ano. A mediocridade de quem está acima no poder tira toda a grandeza do nosso clube.

Nosso! E falo com toda convicção que quem faz o Ceará somos nós. Quem ama, quem veste a camisa com orgulho mesmo nos piores momentos. Quem está sempre presente faça chuva ou faça sol. Quem cobra e quem escuta. Nós que somos obrigados a ver a decadência que está por vir caso não seja feito nada.

A “maquiagem” por cima da saída de Juliano Camargo mostra isso. Será só ele o culpado? Será que desde o início ele era o melhor para o cargo? Fica o questionamento. O que é certo é a sensação de tristeza e irritação de “um já foi, falta o resto“.

A reformulação do estatuto seria um ótimo primeiro passo. A participação do torcedor precisa ser levada em conta. Uma demissão de alguém que está na alçada maior não resolve nenhum problema. É apenas mais um no meio dos vários pontos a serem mudados no clube.

Juliano deixa o cargo. Outro assume. Sem consentimento da torcida. Sem notar o peso que carrega dos erros sucessivos. Sem uma remuneração adequada. E assim se constrói mais uma vez uma cúpula fracassada. Parece um roteiro de um filme ruim. Filme que estamos cansados de assistir repetidamente.

A corda bamba que se encontra o Ceará não é culpa de quem organiza as camisas. Não é culpa do técnico X ou Y. Não é culpa minha, nem sua. É do pensamento minúsculo de um pequeno grupo de pessoas que não se importa. Precisamos de transparência e participação ativa.

Podem esperar por mais demissões. Indisciplina e erros individuais não estão mais sendo “tolerados”. Coisas que desde o início eram básicas hoje se tornaram o fim da linha para alguns. Saídas sem melhorias não é mudança. É tentativa de “tapar o buraco com papel” e iludir o torcedor de que algo está sendo feito.

Mas repito, estamos cansados. Já vimos esse filme e não cola mais. O que queremos é a verdadeira transformação. Esperamos o mínimo porque nessa corda bamba, os únicos que não podem cair, somos nós.