Meu Vozão Ceará Sporting Club

OPINIÃO | O que vai ser do Ceará daqui a 5 anos?

Sede do Ceará
Foto: Divulgação / Ceará SC

TEXTO DE MARCOS VASCONCELOS, “COLUNISTA DA COLUNA DO VOZÃO” E TORCEDOR DO CEARÁ

Não precisa ser especialista em gestão de empresas para saber que um negócio que deseja evoluir e alcançar resultados exponenciais precisa ter uma visão clara do futuro e metas tangíveis para serem alcançadas.

O Ceará – como clube de futebol profissional – do presidente João Paulo Silva em 2023 parece ser o mesmo Ceará de Evandro Leitão em 2008 com nova roupagem, alguns pequenos reparos. Porém, sem grandes avanços estruturais.

Inobstante a aquisição do antigo CETEN, que hoje representa a Cidade Vozão, com uma boa estrutura para atender as categorias de base do clube, o que foi feito na estrutura de Carlos de Alencar de Pinto (CAP), sede e local de treinamento do time principal, ao ponto de tornar o Ceará um clube de ponta?

Será que a tão famosa cozinha de Robinson de Castro é suficiente? Será que a reforma e ampliação de uma academia com a aquisição de alguns maquinários modernos torna o Ceará um clube atraente do ponto de vista estrutural?

Cadê o hotel e o alojamento construídos ainda na gestão de Evandro Leitão? Tal estrutura foi reformada e ampliada ao ponto de dar total conforto aos atletas e comissão técnica?

E o gramado de Porangabuçu? Será coincidência a quantidade de jogadores com lesões musculares sérias nos últimos anos? Alguém lembra da live do Jael dizendo que em pouco tempo no Ceará teve mais lesão do que em toda a sua carreira?

Vale lembrar que em 2022, o então presidente Robinson de Castro estava concedendo entrevista coletiva para se vangloriar de ter reformado o esgoto próximo a sede do clube, isso no quinto ano seguido do Vozão na Série A do Brasileirão.

São apenas alguns questionamentos de quem deseja ver o clube se transformar em uma potência nacional com resultados expressivos, dentro e fora das quatro linhas.

Por fim, apesar de ser um assunto bastante tormentoso, a rivalidade com o Fortaleza fez surgir, entre alguns torcedores, uma piada ao dizer que o rival fora “fundado” em 2018 pelo então treinador Rogério Ceni, que atualmente está no Bahia. Sem mais delongas e apenas com esse exemplo, é preciso falar mais algo sobre o quanto é possível um clube crescer em cinco anos?

Retorna-se, portanto, a pergunta do tema deste texto. O que vai ser do Ceará daqui a 5 anos? Na nova roupagem administrativa do clube, qual a visão e o plano de metas do Ceará do futuro?

Aliás, sobre a gestão do clube, desde 02 de outubro do presente ano, quando houve a simbólica renúncia de todos os diretores da executiva, entre eles o ex-diretor de futebol Albeci Júnior, que o presidente da diretoria executiva promete anunciar com agilidade o nome do novo corpo de membros do departamento de futebol do clube.

A verdade é que já se passaram mais de 20 dias e o clube permanece com esse vácuo no setor, sem nenhuma expectativa de anúncio oficial sobre os nomes. A propósito, enquanto o presidente fala que vai diminuir os cargos da diretoria pois muitas cabeças juntas estavam atrapalhando o trabalho integrado, ele age em sentido diametralmente oposto ao contratar o ex-meia Ricardinho para um cargo que nem existia no departamento de futebol (assessor de futebol), inchando ainda mais o setor.

Ainda não se sabe nem o que o ídolo alvinegro irá fazer por lá. Nem o presidente soube explicar na fatídica coletiva da semana passada. A única certeza de João Paulo Silva é a permanência da comissão técnica com o incompetente (opinião minha) Vagner Mancini.

Vagner Mancini, treinador do Ceará
Vagner Mancini, treinador do Ceará. Foto: Felipe Santos/ Ceará SC

Treinador que amarga sete rebaixamentos na carreira e que recebeu carta branca (até hoje não entende-se o motivo) para a missão de montar o elenco de 2024 junto ao novo departamento de futebol que chegará.

Para quem quer enxergar como positiva a permanência de Mancini para montar o elenco, gostaria de lembrar que ele montou o elenco do América–MG para a Série de A 2023 (hoje lanterna do campeonato) com Felipe Azevedo, Potiguar, Nino Paraíba, Wellington Paulista, etc. Imaginem o que vem para a Série B 2024.

Talvez eu tenha exigido muito ao pedir um planejamento para os próximos cinco anos. Será que aqueles que estão à frente do Vozão planejam pelo menos o que vai ser do clube nos próximos dias?

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