Apresentado como reforço do Ceará, na última terça-feira (9), Lucas Mugni revelou ter sido procurado pelo clube em temporadas anteriores. Porém, o novo camisa 10 de Porangabuçu disse não ter aceitado porque o objetivo do clube “não estava claro”.
Um dos primeiros nomes a acertar com o Vozão para os desafios desta temporada, em que terá como grande e maior objetivo o retorno à Série A do Brasileirão, Mugni comentou que já havia sido procurado pelo clube anteriormente. Porém, ao explicar o motivo de não ter aceitado propostas, ele falou sobre desorganização.
Segundo o argentino ex-Bahia, quando essas situações aconteceram o clube não parecia ter um planejamento coerente, diferente de agora, em que todos seguem o mesmo caminho.
“Já estive perto de vir para o Ceará sim. (Mas, na época) o objetivo não estava claro. Não gosto assim. Gosto de objetivo bem marcado como está agora, do acesso. Agora está todo mundo com o mesmo objetivo”, revelou Lucas Mugni.
Lucas Mugni, meia do Ceará. Foto: Felipe Santos / Ceará SC
O meia, que já trabalhou com Lucas Drubscky no Bahia e conquistaram juntos a Copa do Nordeste 2021, que hoje exerce cargo de executivo do Ceará, afirmou que ao conversar com o profissional entendeu que o clube tinha um foco e isso foi essencial para que ele aceitasse o convite de vestir preto e branco.
“Decidir vir pra cá porque, primeiro conheço o Lucas (Drubscky), e perguntei qual era o objetivo do clube. Talvez, se ele tivesse falado ‘vamos nos organizar e ver como vai ser esse ano’ minha escolha seria diferente. Mas ele já falou logo em acesso. Então, nosso objetivo está claro. Série B é difícl, tem viagens, mas o objetivo é claro. A gente só vai saber se consegue ou não o acesso na última rodada, então temos tempo para trabalhar e melhorar”, disse.
NOVO CAMISA 10 DO CEARÁ
Em 2022, a camisa 10 do Vozão foi utilizada por Stiven Mendoza. Naquele ano, o meia marcou 20 gols, foi o artilheiro da temporada e se tornou o estrangeiro que mais vezes balançou as redes pelo clube. Mas, ficou tragicamente marcado por ter feito parte do elenco que rebaixou o Alvinegro da Série A para a Série B do Campeonato Brasileiro, inclusive perdendo pênalti em partida que poderia ter evitado a queda caso vencesse o já rebaixado Avaí-SC.
Para afastar a má lembrança, o Vovô foi atrás de Jean Carlos, que vinha de três temporadas se destacando pelo Náutico-PE. Porém, após ter chegado sob alta expectativa, o armador não teve uma boa passagem pelo clube e, após sete gols e cinco assistências em 53 jogos, foi liberado para assinar com o Juventude-RS, que vai disputar a elite nacional.
Agora, em 2024, o Ceará já tem o novo “dono” da camisa de número 10. Trata-se de Lucas Mugni, argentino de 31 anos com vasta experiência. Esta vai ser a segunda vez que ele disputará a Série B do futebol brasileiro. Em 2022 o meia foi peça fundamental na campanha que levou o Bahia ao acesso à Série A.
Foto: Felipe Santos / Ceará SC
Foi Mugni quem escolheu o número, já que estava livre. Porém, o foco dele é não sentir o peso da camisa e sim poder ajudar no grande objetivo do clube nesta temporada, que é o acesso à elite.
“Vi o número livre e é um número que gosto. Mas o meu principal objetivo é o acesso do clube”, disse o meia.