O Ceará finalizou sua participação vergonhosa na Série B de forma condizente com toda a trajetória. Com um a mais, com apoio da torcida no estádio Presidente Vargas e um placar de 3 a 1 para o Juventude-RS, que havia sido rebaixado junto do Vovô na Série A 2022. Além deles o Atlético-GO, também retornou à elite do futebol brasileiro.
O torcedor alvinegro tem todo o direito e razão de estar muito chateado com o time e, principalmente, com a diretoria. Foram milhões investidos e, apesar da conquista da Copa do Nordeste, o título não muda muita coisa para os cofres do clube e ano que vem a competição será novamente disputada.
Um não acesso limita tudo: orçamento, patrocínio, interesse dos torcedores e mais uma série de fatores. Pensando nisso, foram feitas mudanças significativas na parte de futebol do clube com as saídas de Albeci Júnior e Juliano Camargo e as chegadas de Lucas Drubsky e Haroldo Martins. Além disso, Ricardinho também fará parte da pasta na função de assessor.
O planejamento do clube já começou a ser feito, com o treinador Vagner Mancini tendo participação direta na chegada e saída de novos jogadores. Como já mencionei nesta coluna, acredito que o correto seria se desfazer de pelo menos 70% a 80% desse elenco em virtude do fiasco que foi a Série B do Ceará.
Mesmo tendo o segundo elenco mais caro da competição e tendo o maior orçamento/receita, em nenhum momento o time foi capaz de sequer brigar pelo acesso, sem terminar nenhuma rodada dentro do G-4 e terminando o campeonato em 11º colocado, na metade de baixo da tabela.
O Ceará precisa encerrar ciclos e entender que o futebol é, antes de tudo, um negócio e deve ser gerido com base no desempenho. Se certo atleta – cito Luiz Otávio, Richardson e Richard – já não está rendendo o melhor e não está no nível necessário para que o clube atinja seus objetivos, é necessário que haja uma separação de caminhos para o bem de ambos.
Em 2024, os novos responsáveis pela gestão da parte do futebol não podem repetir o erro de 2023. Quanto mais tempo passarmos na Série B, pior para o time, para o clube como um todo e para a torcida. Vemos clubes menores e com menos receita alçarem voos mais altos que o Ceará, principalmente por causa da boa organização.
A gestão do presidente João Paulo Silva até agora é uma decepção contínua. Ele se mantém inerte frente à pressão e toma decisões precipitadas, como no caso da demissão de Gustavo Morínigo.
Porém, no futebol tudo muda e se transforma muito fácil e ele terá a chance de mudar essa percepção negativa liderando o Ceará rumo à Série A 2025.
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