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OPINIÃO | Barroca fez hora extra no comando do Ceará

Eduardo Barroca, treinador do Ceará.
Foto: Davi Rocha / Pera Photo Press

A decisão infeliz de trocar o comando do Ceará, em meio às decisões da Copa do Nordeste, se confirmou com uma péssima escolha.

Àquela altura, o Vovô demitiu o treinador Gustavo Morínigo com base na justificativa de que o modelo de jogo que ele utilizava não ia de encontro com o que a diretoria pensava de futebol.

Morínigo esteve no comando do Ceará em 14 vitórias, quatro empates e seis derrotas, um aproveitamento de 64%. Enquanto Eduardo Barroca, seu substituto e também já demitido, teve seis vitórias, dois empates, quatro derrotas e um aproveitamento de 56%.
Gustavo Morínigo, ex-treinador do Ceará. Foto: Israel Simonton / Ceará SC

Para subir o time para a Série A do Brasileirão, Barroca teria que ter feito o melhor trabalho da sua carreira. E ele até conseguiu fazer isso, se contarmos somente a média de pontos por partida. Porém, se esse foi o seu melhor trabalho, imaginem vocês o normal dele!

Com Barroca, o Ceará teve poucos momentos de brilho. Sim, teve uma sequência de três vitórias seguidas, com um bom jogo diante do Londrina-PR e só. Em casa, o time venceu apenas duas vezes sob seu comando e nenhuma das vitórias foi convincente.

A escolha por Eduardo Barroca só mostra o quão despreparado o setor de futebol do clube está quando se trata de tomar grandes decisões. Morínigo estava estabelecido e respaldado por grandes resultados no início do ano e foi demitido com uma justificativa que não engana nem o torcedor mais ingênuo do Vozão.

Eduardo Barroca conversando com Erick, atacante do Ceará. Foto: Diário do Nordeste

Agora olhando pra frente, o Ceará se vê com mais de 1/3 da Série B do Campeonato Brasileiro para trás e cada vez mais longe do G-4, com uma distância no momento desse texto, de sete pontos para o quarto colocado, o Sport-PE. Que, inclusive, é seu próximo adversário.

Nesse momento a melhor opção seria trazer um treinador experiente, que conheça a competição, saiba a dificuldade de logística, os desafios de ser um protagonista e como lidar com isso, sem querer inventar algo muito complexo. Para mim, o nome é Guto Ferreira.

Qualquer coisa fora disso, não acho que teria uma chance maior do que o ex-treinador alvinegro que conquistou o bicampeonato invicto da Copa do Nordeste em 2020.

Guto Ferreira, ex-treinador do Ceará. Foto: Felipe Santos / Ceará SC

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