OPINIÃO | O Ceará só tem a ‘conta do chá’

Passados pouco mais de dois meses da atual temporada do futebol brasileiro, o Ceará, quase que completamente reformulado, vem conseguindo bons resultados nos jogos disputados. Mas, quando o time não joga com a maioria dos considerados titulares, os resultados não são satisfatórios.

Com um aproveitamento superior a 70% no ano, o Alvinegro vive um bom momento quando joga completo, mas sofre de falta de criatividade quando perde seus principais nomes, principalmente no ataque, que concentra seu poder de fogo nos pontas, com Janderson e Erick, e nos homens de chegada, Vitor Gabriel e Guilherme Castilho, sendo este último o artilheiro da equipe no ano.

O time titular é bem equilibrado, porém, quando o banco de reservas é acionado a situação muda drasticamente. Nomes como Chay, Luvannor, Jean Carlos que prometiam entregar bastante em campo, não vêm conseguindo desempenhar um bom futebol e suprir as carências do elenco quando se fala em peças de reposição.

Após a eliminação na Copa do Brasil, ficou bem evidente que o Alvinegro não conta com um banco de qualidade próxima ao do time principal e isto é uma situação preocupante, tendo em vista a proximidade da Série B do Campeonato Brasileiro, que se inicia no meio de abril. Até o momento, Gustavo Morínigo não conseguiu definir um lateral direito titular, tendo que improvisar por diversas vezes o volante Caíque Gonçalves na posição. Já no ataque, pontas e fixo, o problema só não é maior porque os titulares estão rendendo, mas uma lesão pode atrapalhar a sequência. Aí fica a pergunta: quem poderá nos ajudar? Álvaro, Hygor Cléber, Luvannor? Certamente não!

Ter um time com poucas peças de qualidade para uma competição longa é um risco que o Ceará não pode nem deve correr. Não se pode negligenciar a formação de um elenco forte, como já vimos acontecerm em várias outras oportunidades. A hora de agir é agora! O Ceará precisa de reforços e, por incrível que pareça, pensar em “se livrar” de quem não pode contribuir ao nível que precisamos no restante da temporada.

Parafraseando o grande Evaristo Macedo: “O problema de ter jogador ruim no elenco, é que um dia você vai precisar dele.”