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OPINIÃO! O Ceará precisa aprender a encerrar ciclos

Foto: Divulgação / Ceará SC

É, torcedor, 2022 deixou muitas lições e uma das principais foi bem óbvia, entender que alguns jogadores não podem estar mais no elenco apenas por gratidão ou pelo passado vitorioso que tiveram.

Ricardinho é um exemplo, ele teve uma curta passagem em 2007, mas em 2013 iniciou sua jornada para virar um dos ídolos recentes do clube, porém teve seu ciclo encerrado sem manchas, em 2020.

Ricardinho atuando pelo Ceará em 2013. Foto: Divulgação / Ceará SC.

O clube naquele momento fez a escolha certa, já que Ricardinho estava longe do seu auge.

Mas hoje não é o que vemos, jogadores como Luiz Otávio, Richardson, o próprio Vina, que não tem mais condição de estarem aqui, não só pelo salário ou idade, mas por serem símbolos de um dos maiores fracassos do clube nos últimos anos.

Gráfico de desempenho Richardson na Série A 2022.

O ano de 2022 iniciou-se com o retorno de Richardson e esse ano aconteceu a mesma coisa, dessa vez com Tiago Pagnussat, mais velho e muito provavelmente com um rendimento bem inferior ao que teve em 2020.

Tiago Pagnussat atuando pelo Ceará em 2020. Foto: Thiago Gadelha/SVM

Queremos nomes novos, queremos um ciclo novo para esse clube, figurinhas repetidas já mostraram e provaram que não vão nos levar ao sucesso.

A diretoria do Ceará mostra cada vez mais que não há solução para o clube que não seja uma total renovação, começando pela executiva e findando em alguns desses atletas.

E esses atletas são os principais, mas Buiu, Kelvyn (que acabou de sair para a Ferroviária por empréstimo apenas), Geovane não tem condição técnica de nos ajudar na luta pelo acesso.

Buiú atuando em 2016 pelo vovô. Foto: Divulgação/Ceará SC

O torcedor não aguenta mais insucessos por conta de erros tão óbvios assim e se o modo de dirigir o futebol do clube continuar da mesma forma, a tendência é de que tenhamos anos ainda piores do que o traumático 2022.

É claro que esse problema que citei aqui é só uma gota num oceano de falhas sucessivas e erros de estratégia e planejamento.

Quem em sã consciência contrataria um estagiário para treinar um time como o nosso? Outra questão óbvia, mas que as cabeças “pensantes” da diretoria acharam certo.

E na atual temporada já temos que encarar vários problemas, a falta de zagueiros, por exemplo.

Luiz Otávio se lesionou novamente, após ter ficado o ano passado tendo várias lesões em curtos períodos de tempo, mas que impossibilitaram ele de atuar quando o time “precisava”.

Nossa lateral direita também está completamente abandonada, com Buiu e Igor é difícil supormos que essa posição não será um ponto fraco que qualquer treinador minimamente competente vai utilizar contra nós.

Igor Inocêncio sendo apresentado pelo Ceará em 2021. Foto: Divulgação / Ceará SC

Os problemas estão aí, fazem parte da consequência da má administração que já vem mandando no clube há vários anos e que está batendo o pé para não sair.

Mas o ciclo Robinson de Castro precisa acabar para o torcedor voltar a sorrir e, mais que isso, voltar a olhar para o clube como sendo seu e não de um presidente que rasga estatutos e tem uma sede insaciável de poder.

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