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OPINIÃO | Repetir os erros não é opção pro Ceará na Série B

Elenco do Ceará
Foto: Marcelo Vidal / Ceará SC

Fim do Cearense, vice-campeonato e um longo ano ainda por vir. Com muitas expectativas, o elenco do Ceará tem se mostrado promissor e motivado. Mas, só isso não basta. Não dá para prosseguir em 2023 apenas com a “conta do chá”. O momento de oxigenar o time é agora.

Com a final da Copa do Nordeste e Série B Campeonato Brasileiro batendo à porta, o Vovô chega na fase mais importante do ano. É o inicio da caminhada que vai definir o que teremos para 2024. O acesso, sem dúvidas, é a principal meta do ano para o Alvinegro. Voltar ao patamar de Série A é essencial ao clube quem vinha ano após ano tendo aumento de receitas e investimentos.

Vencer o Nordestão é um agregado na temporada tão longa e difícil que temos pela frente. Investir no elenco é a única forma de conseguirmos nosso principal objetivo. Nos jogos mais importantes que tivemos esse ano, ficou claro e nítido que não temos reposição para a equipe titular. Temos carência de reforços em quase todos os setores. Mas, neste momento, um ataque consistente e um meio equilibrado aparentemente são as principais carências.

Após quatro meses de muitos jogos, já temos um balanço do elenco e podemos pontuar alguns problemas a serem resolvidos definitivamente no elenco. Precisamos de um goleiro que faça sombra ao Richard, pois Alfredo Aguilar não mostrou confiança quando acionado e não temos noção da qualidade dos demais na posição.

Na lateral-esquerda, Warley assumiu o posto e Danilo Barcelos corre por fora como boa peça pra suprir a ausência do titular. Na direita, Willian Formiga sai na frente e assume a posição que, ao meu ver, precisa de mais uma peça de reposição, já que Michel Macedo sofre com lesões.

No meio, apesar de muitas peças, Caique Gonçalves e Richardson são insuficientes na posição de primeiro volante. A Série B é longa e apenas dois volantes é uma quantidade limitadíssima. Arthur Rezende compõe o meio e Léo Rafael pode compor o meio defensivo, mas ainda é pouco para 38 rodadas.

Na criação, Guilherme Castilho se mostrou essencial no inicio, mas vem passando por uma “má fase”. Jean Carlos foi outro que começou bem e se perdeu no caminho. A “bola da vez” é Chay, que foi útil nos últimos jogos, mas ainda é uma incógnita para o restante da temporada.

Chay, meia do Ceará
Chay foi titular no último Clássico-Rei. Foto: Davi Rocha / Sued Photo Press

No ataque estamos bem servidos até certo ponto. Tivemos um reforço que promete. Erick Pulga que juntamente com Janderson e Erick podem dar trabalho aos adversários. Nosso “homem gol”, Vitor Gabriel, vem passando por uma seca de gols. Deu muito certo no ínicio, mas não tem conseguido balançar as redes com a mesma regularidade do começo da temporada. Nosso banco é limitado e, quem vem entrando, não corresponde o suficiente pra mudar o jogo.

Lesões, desgaste e suspensões são recorrentes em competições longas. Quem deixa para resolver durante a competição normalmente paga um preço caro, o do fracasso. A diretoria alvinegra precisa agir pra ontem, para que os erros do passado não se repitam e colhamos os fracassos de outrora.

Pela estreia da Série B, fora de casa, enfrentaremos o Ituano no interior de São Paulo. Enquanto os reforços não chegam, o elenco alvinegro precisa começar forte a competição nacional, mostrando pelo que vai lutar e o que quer conseguir. É isso que espera a torcida do Ceará e todos que fazem parte do maior Alvinegro do mundo.

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