OPINIÃO | Ceará precisa disputar ‘jogo a jogo’ como se fosse clássico

Que tal o Ceará jogar toda as partidas nesta temporada como um clássico? Foi isso que falei ao final do Clássico-Rei, no ultimo sábado (8), em que fizemos, na minha opinião, o melhor jogo da temporada até aqui. Não “somente” por ter sido clássico que só engrandeceu mais ainda a vitória, mas, também pela forma que foi.

O Vozão foi praticamente perfeito estrategicamente contra um time que, convenhamos, se colocarmos no papel o time reserva contra os nossos titulares, a maior parte das peças ainda são melhores que as nossas. Mas, desde que me entendo por gente que sei que clássico não é apenas técnica, não é apenas folha salarial, muito menos “nome”.

Clássico é raça, é como um cachorro atrás de osso, é gato atrás do rato. Clássico é uma caçada consciente pela vitória e isso o Ceará soube fazer desde o início. Caçamos a vitória e não de forma desesperada, mas de forma consciente, sabendo bem o que tínhamos que fazer, onde tínhamos que atacar, como tínhamos que defender.

Incrível como técnico Léo Condé é estrategista. Ele soube onde posicionar as peças corretas. Moisés e Pol Fernández praticamente não existiram no jogo em duelos contra o Fabiano Souza, que anulou dois jogadores que poderiam fazer a diferença, principalmente Moisés, que é bastante perigoso no “um contra um”. Tivemos um sistema defensivo perfeitamente aplicado durante todo jogo, inclusive até depois que levou o gol em um pênalti, que particularmente, não acho que tenha sido nada, mas serviu para mostrar que esse time não se deixa abater.

Com rival crescendo no jogo após o gol, continuamos vendo um time que dentro de campo se posicionava de um jeito que o rival não achava espaços para chegar ao gol de Bruno Ferreira, não fosse em bolas paradas. Por fim, garantimos mais uma vitória contra o rival e já são seis jogos de invencibilidade no Clássico-Rei.

Ceará encontrou a maneira de jogar para ter uma temporada sem sustos?

Que todo jogos dessa temporada seja encarado como um clássico. Que enxerguemos no adversário um time a ser batido e que jamais entremos em campo com certeza de vitória, mas com a certeza de que iremos lutar até o fim e que, enquanto esses jogadores vestirem preto e branco, deixarão em campo sangue, alma, vida, esforço e que nada mais importe para eles nos 90 minutos que não seja a vitória! Assim, pode até ser que não saiamos vencedores em todos os confrontos, mas certamente estaremos cada vez mais próximos de um ano sem sustos.