Há muito tempo não vejo um time tão confiável como este que o Ceará SC montou para a série B de 2024. O termo confiança aqui não é um mero qualitativo vazio, mas sim algo que expressa o sentimento do torcedor de que, apesar das adversidades, é possível ver o time tentando chegar ao seu limite em cada partida.
No último jogo, contra o Coritiba-PR, na Arena Castelão, o time jogou bem, mas não teve efetividade tão boa no ataque. Em outras temporadas, provavelmente, o resultado seria derrota não merecida ou empate por falta de um capricho na hora de marcar. Mas, não foi isso que ocorreu. O time martelou e, por mais que não tenha dado tantos chutes perigosos em direção ao gol, conseguiu sair com a vitória com um gol arquitetado em jogada de bola parada e boa cabeçada de Facundo Barceló.
O que isto nos diz para o resto da temporada? Ou, precisamente, quais os limites e o alcance desse elenco na Série B 2024? Eu penso que, apesar de ainda estarmos no início da competição, a equipe poderá subir sem tantos sustos. Isso não significa que não haverá momentos de oscilação em que, possivelmente, perderemos vários jogos seguidos ou mesmo que em uma sequência, por exemplo, de cinco partidas ganhemos apenas uma. Isso realmente pode acontecer e é o mais natural que, de fato, aconteça.
É aqui que devemos retomar a palavra inicial dessa coluna, a saber, confiança. Não devemos, de modo nenhum, perder a confiança em um time que se entrega, apesar do elenco curto e da inconstância de rendimento de vários atletas. Lourenço não vinha jogando tão bem, mas contra o Coritiba-PR fez uma boa partida. E compensação, Guilherme Castilho entrou muito mal e não conseguiu acompanhar o ritmo físico e técnico dos outros jogadores.
No entanto, isso não significa que ele não será útil no resto da temporada, pois já mostrou que suas oscilações fazem parte de seu período no Ceará e que, por isso, devemos confiar que ele entregará várias outras boas partidas, inclusive, revezando a titularidade com Lourenço.
Em colunas anteriores, falei sobre a diretoria ter paciência com o treinador e confiar em sua metodologia, a qual se encaixa bem para a Série B e, com isso, poder manter uma estrutura de trabalho que pode ser continuada no próximo ano. Mancini reouve nossa confiança no desempenho da equipe fazendo o time jogar do modo simples, com marcação por zona, ligação rápida de contra-ataque, toque de bola objetivo e uma defesa que está em evolução.
A solução de jogar com três zagueiros tendo um volante como principal fonte de saída de bola, no caso Jean Irmer, foi excelente e só poderia ter sido feita por alguém que conhece o elenco muito bem. Portanto, mesmo que nas duas próximas partidas não consigamos os pontos esperados, não devemos perder a confiança no time, pois o elenco já mostrou que é capaz de se reinventar e remontar as adversidades.
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