OPINIÃO | As consequências do elenco curto e da incompetência da diretoria do Ceará na Série B

A derrota do Ceará diante do Vila Nova-GO, pela 9ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, com um pênalti absolutamente duvidoso, escancarou o que muitos de nós, torcedores, já sabíamos desde o início da temporada. O Vozão tem muitos problemas a serem resolvidos no elenco atual.

A campanha, no geral é, muito boa, com o time sempre se mantendo na parte de cima e tendo perdido apenas dois em nove jogos, além de ter o terceiro melhor ataque da competição com 15 gols e também sendo a melhor equipe no quesito de chances criadas, com o total de 20.

Podemos tirar duas importantes lições deste revés: o trabalho do treinador Vagner Mancini é bom e o trabalho da Diretoria Executiva do Ceará é péssimo! O técnico alvinegro, mesmo com poucas opções, orçamento limitado e jogo em cima de jogo, conseguiu dar um padrão para a equipe que, mesmo que não jogue um futebol brilhante, dificilmente é batida.

Para se ter ideia, as duas derrotas na Série B foram com gols no final do jogo. Um de falta, no 3 a 2 sofrido para o Mirassol-SP, e outro de pênalti duvidoso, no revés para o Vila Nova-GO, e com o Ceará tendo chances o jogo inteiro de sair com os três pontos.

Falar sobre a executiva falhando é “chover no molhado”. Certamente, ficará para a história a incompetência do presidente atual, João Paulo Silva, em todos os sentidos. Ele não só falhou na parte do futebol, gerando algo até então inimaginável para o padrão alcançado pelo Ceará nos últimos anos, que foi o “Transferban“. Mas, também falhou na parte comercial, parte de marketing, parte de captação de talentos, base, futebol feminino, futsal… Em tudo! Todas essas áreas tiveram fracassos em que, se formos observar os motivos e razões, chegaremos ao topo da pirâmide com falhas na parte administrativa do atual presidente.

E, voltando ao futebol, o elenco curto é prova disso. Richard se contundiu e nisso, quem joga? Bruno Ferreira, que claramente não dá mostras de ser um goleiro confiável, além de já ter tido problemas com o treinador Vagner Mancini no ano passado. No ataque, caso o Erick Pulga se machuque não tem um reserva que faça 1/10 do que ele faz.

Bruninho contratado, por empréstimo do Atlético-MG, como solução para o meio-campo e está “de malas prontas” para sair do clube rumo ao futebol português. Enfim, são inúmeros problemas que, no final das contas, podem ser decisivos para o acesso acontecer ou não. Como vimos ano passado, os tantos erros formaram um “efeito dominó” que culminou em uma campanha vergonhosa do Ceará sem passar uma rodada sequer no G-4 da Série B.

Se esperamos fazer diferente, não podemos achar que o elenco atual dará conta. Ainda mais numa competição como é a Série B do Campeonato Brasileiro, que está muito mais difícil do que a do ano passado. Reforçar será essencial para buscar o retorno à elite.