Como todo ciclo que acaba, 2023 ficou pra trás deixando um gosto amargo na boca de cada torcedor alvinegro. Foi um dos piores anos da história recente do Ceará e, apesar disso, saímos com um título incrível de tricampeão da Copa do Nordeste sobre o bom time do Sport-PE e um vice-campeonato Cearense, com o rival precisando de um pênalti para não perder o título, mesmo tendo um orçamento muito maior e um trabalho muito mais longevo.
A expectativa criada em 2023 acerca da Série B era de uma briga pelo acesso. Porém, devido a vários erros, isso não foi possível e o Vozão sequer chegou a figurar no G-4 da competição em nenhuma rodada.
Em 2024, apesar de não termos visto o time em campo ainda, a expectativa num geral é menor, mesmo que o orçamento seja um dos maiores da história: quase R$150 milhões.
Com o treinador Vagner Mancini no comando, Lucas Drubsky, Haroldo Martins, João Paulo Sanches e Ricardinho fazendo parte da pasta responsável pelo futebol, as contratações estão menos “badaladas”, mais realistas e com algumas pinçadas extremamente interessantes, como o paraguaio Jorge Recalde, ídolo do Libertad-PAR e com passagem mais recente pelo Newell’s Old Boys-ARG.
Faltou criatividade no mercado em 2023, mas, principalmente, atitude dentro de campo e gestão nos momentos de turbulência. Foram quatro treinadores durante uma única Série B e isso é inadmissível.
Para 2024, o presidente João Paulo Silva estará mais experiente e terá uma pressão maior no que concerne à gestão dele e todas as suas escolhas. O torcedor, por outro lado, em sua maioria e me incluo nisso, sabe que absolutamente todas as competições serão mais difíceis ainda do que foram no ano passado.
O rival, Fortaleza, com seu investimento brutal na parte de futebol e conseguindo um sexto ano seguido na Série A do Brasileirão, mantendo o técnico Juan Pablo Vojvoda, segue sendo um adversário dificílimo no Estadual e na Copa do Nordeste.
Competição que agora conta com um Bahia vivendo seus dias de novo rico, recebendo quantias de dinheiro inimagináveis há anos atrás em virtude do investimento do Grupo City, além, é claro, da tradição do Sport-PE que cortou relações com Enderson Moreira e vive processo de reconstrução.
Na Série B 2024 teremos uma competição que promete ser de um nível muito maior com a queda de Santos-SP, primeira vez na história jogando uma segunda divisão, América-MG, que tradicionalmente sempre briga pelo acesso, além de Goiás e Coritiba-PR clubes, que também têm costume de estar mais na Série A do que na Segundona.
Acredito que mesmo com as possíveis crises e conflitos que possam acontecer, caso não consigamos ser vitoriosos no primeiro semestre, o foco total do clube deve sim ser o Campeonato Brasileiro. Campeonato Cearense e Nordestão temos todo ano e ganhando ou perdendo, por mais que para a história um título a mais conte positivamente, só vamos crescer de verdade e ter um alicerce sólido para novas conquistas com o acesso à Série A.
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