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OPINIÃO: As incertezas que rondam Porangabuçu

Foto: Divulgação / Ceará SC

Desde o início deste ano, o torcedor do Ceará vem sofrendo bastante com eliminações traumáticas nos pênaltis em três competições diferentes e com roteiros bem difíceis de entender. Como se tudo isso não bastasse, aquilo que o torcedor mais temia, aconteceu: o rebaixamento no Campeonato Brasileiro.

Ceará foi eliminado pelo Iguatu no Estadual. Foto: João Marcos Lima / Iguatu

Robinson de Castro e sua diretoria flertaram com o rebaixamento em 2018 e 2019, mas a mesma sorte desses anos não se repetiu em 2022. E a pergunta que fica é: até quando?

Nós, torcedores, já não aguentamos mais a centralização do poder, a falta de transparência e, principalmente, o isolamento que o Ceará faz questão de aderir em relação à sua própria torcida.

Eliminação na Sul-Americana foi a mais dolorosa para o torcedor em 2022. Foto: Daniel Garber/UAI Foto/Estadão Conteúdo

É um clube que se diz do povo, mas que não faz absolutamente nada para trazer esse o povo para o seu lado, pelo contrário, o torcedor comum, o “povão” alvinegro, nunca se viu tão distante do clube. Numa era digital em que os torcedores e seus clubes cada vez mais estão entrelaçados, seja nos momentos ruins ou bons, o Ceará atual faz questão de tomar a direção contrária, a grande prova disso é que no mesmo ano em que o clube bateu a marca histórica de 55 mil sócios torcedores, já se vê o contador do site marcar 34 mil apenas, uma perda de quase 20 mil associados e que não obstante a perda de receita vindo do dinheiro desses torcedores, perde algo ainda mais precioso que é a identificação de cada alvinegro com o clube.

Presidente Robinson de Castro, em sua última aparição presencial à imprensa, falando ao canal do O Povo. Semanas depois do time foi rebaixado no Brasileirão.

As eleições para o Conselho Deliberativo foram adiadas. Nesse fim de semana começaram a falar em uma possível saída do Robinson de Castro, mas a que preço? E só ele sair será que é o bastante? Muitos dos responsáveis pelos sucessivos fracassos do clube, seja na relação com a torcida ou no campo, ainda vão ficar por lá.

E qual o tamanho do dano causado? São incertezas que rondam o clube e o pensamento de cada alvinegro. A única certeza que temos é que só saberemos o quanto de dano foi causado quando a temporada iniciar, até lá o pessimismo e o medo de uma tragédia maior ainda andarão de mãos dadas.

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