A última vitória do Ceará diante do Avaí-SC, fora de casa, deu um respiro à pressão sofrida pelo novo treinador do time, Léo Condé. Um triunfo que veio com mais sorte do que juízo em uma noite de pouca inspiração das duas equipes, sendo aquele jogo típico de uma Série B, numa sexta-feira à noite.
Até agora o início do trabalho de Condé não inspira tantas coisas boas. É bem verdade que o treinador chegou a capital cearense há menos de um mês. Mas, num clube com tanta pressão por resultados e que anseia por uma volta à primeira divisão o quanto antes, não vai haver tempo para amenizar derrotas ou uma paciência extra, nada disso.
Por incrível que pareça, os dois primeiros jogos do novo treinador tiveram um contexto semelhante em relação à arbitragem: pênalti não marcado a favor do Ceará contra o Santos e um escanteio não dado para o Vovô resultou na jogada do segundo gol do Paysandu, que sacramentou a vitória dos paraenses sobre o Alvinegro. Sem esses erros, eu poderia estar falando da resiliência que Condé impôs ao elenco para não ser derrotado. Porém, infelizmente isso vai ficar apenas na nossa memória como um “e se“.
No jogo diante do Santos, por ser uma estreia, vejo dentro da normalidade a atuação confusa do time, mas Condé poderia ter ousado mais nas mudanças. Após a expulsão do atleta do Santos, o Vozão levou menos perigo do que no 11 contra 11 e mesmo quem estava de longe via a aflição da torcida vendo que o time não tinha forças pra sequer sair com o empate.
Contra o Paysandu, novamente Richard falha e acaba saindo mal no gol marcado pelo atacante Nicolas, aquele mesmo que passou por aqui sem deixar saudades. Neste jogo em Belém, o Ceará até se portou melhor, mas num chute de raríssima felicidade, Val Soares anotou uma pintura e selou mais uma derrota do Alvinegro longe de seus domínios.
Já diante do Avaí-SC, o Ceará até deu “brechas” na defesa. Mas, no geral foi melhor que o time da casa, tanto defensivamente como ofensivamente, criando mais chances, sofrendo menos e tendo a sorte ao seu lado, principalmente no lance em que a bola “beija” a trave no último minuto, um gol que seria muito frustrante por toda a luta que o time teve durante os 90 minutos.
CONFIANÇA EM LÉO CONDÉ À FRENTE DO CEARÁ
Num contexto geral, o início de Léo Condé não inspira muita confiança. Mas, com os novos reforços e mais conhecimento do elenco alvinegro por parte dele, pode ser que o trabalho engrene, existem alguns pontos que precisam melhorar, principalmente na parte das substituições e também explorar melhor a característica de alguns atletas. Mas, acredito que com o tempo isso deve acontecer. Ele tem competência, experiência e conhecimento e, não à toa, era o nome mais desejado pela torcida para substituir Vagner Mancini.
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