Com o fim de 2022, ano pra ser lamentado pela torcida alvinegra, o Ceará amarga uma temporada sem nenhum título, um rebaixamento e uma devassa de sócios torcedores e jogadores. Repito: Um ano pra ser lamentado.
Mesmo com o maior investimento da região Nordeste, o alvinegro cearense não conseguiu transformar as cifras em títulos e/ou conquistas. Pelo contrário, viu o planejamento para 2022 (se é que havia), indo por água abaixo competição após competição, jogo após jogo.
O Vozão não sofreu apenas com a seca de títulos. Faltou organização e transparência na gestão, outrora tão elogiada por conta do crescimento do clube. O mais próximo que o torcedor alvinegro chegou de “ser feliz” esse ano foi com a campanha na Sul-Americana e, mesmo assim, saiu de forma frustrante com a terceira eliminação nos pênaltis no ano. Pênaltis que foram o “calcanhar de Aquiles” do Mais Querido, que também já havia sido eliminado no Estadual, Copa do Nordeste e Copa do Brasil.
Rebaixado na Série A com um elenco razoavelmente qualificado, o Ceará fez um grande esforço para cair tendo em suas mãos a chance de escapar até a penúltima rodada. A sorte não nos salvou como em outros anos e, provavelmente, a diretoria se confiou nesse fator. Elenco caro, aparentemente pouco comprometido e visivelmente desmotivado. Frequentes mudanças de comando e falta de contratações qualificadas foram fatores determinantes para o resultado ao fim da temporada.
Não se pode esquecer o ano, mas se deve aprender com os erros que, por sinal, foram muitos. Nossa torcida nunca foi de abandonar e não se absteve nos momentos mais difíceis. Porém, os mandatários conseguiram a proeza de fazer com que o torcedor, até certo ponto, “soltasse a mão do clube”. Erros de contratações, prepotência em achar que dava pra avançar com o que tínhamos, foram a tônica da diretoria em relação ao futebol. A paciência do torcedor tem limite. Aceitar fracassos recorrentes nunca foi uma opção pro torcedor alvinegro e, nesse ano, ele teve que engolir, além dos insucessos, o rebaixamento pra Serie B.
A fé é sempre renovada em um novo ano. Algo que nós, torcedores, já não confiamos tanto com a gestão que ai está à frente do clube. A montagem do novo elenco parece promissora, mas só o tempo dirá o que nos espera em 2023. Algo certo é que o alvinegro não abandona e, se preciso for, empurraremos esse time às vitórias, nem que seja no grito.
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