Texto produzido por Hugo Eduardo.
Apareço quando ganhar. Esse parece ser o pensamento da diretoria do Ceará. Mas também não me surpreende o sumiço do momento. Afinal, a última vez que me recordo de ver Robinson de Castro falando algo foi depois das cenas lamentáveis após jogo contra ,o Cuiabá-MT, pela 32ª rodada do Brasileirão. E nem foi essas coisas todas tá? Apareceu realmente porque TINHA que aparecer.
O ano todo a palavra “omissão” vem caminhando junto com essa gestão. Chega a ser repetitivo a cobrança em cima disso. Mas, enquanto o presidente não se pronunciava durante a temporada, muitas outras pessoas falaram. Treinadores que passaram recentemente pelo clube jogaram tudo no ventilador. Atletas que ainda atuavam com as cores alvinegras se expressaram em redes sociais como se estivessem, por muitas vezes, fazendo um favor ao entrarem em campo.
E, por fim, depois que não tinha mais nada a se fazer, o ex-presidente Evandro Leitão, e atualmente presidente do Conselho Deliberativo, resolveu aparecer pra dizer o óbvio e fazer a boa e velha média.
Eu não avalio a passagem de Robinson de Castro como algo ruim, pois teve muitos acertos. Mas, muito por isso, acredito que pecou nessa fase atual. Ele estruturou o clube de uma forma com que os sonhos mais altos pudessem ser alcançados, mas, ao invés disso, acabou acovardando o planejamento do Ceará que ele mesmo estruturou para ser forte. Robinson, com isso, não reconheceu o seu próprio trabalho, e fracassou. O que se espera agora é que ele ao menos apareça e deixe de se esconder.
Afinal, o cargo que ele não quer largar, estando à frente pelo terceiro mandato seguido, exige que assuma responsabilidades. E, para a próxima temporada, vamos precisar muito de um líder que comande o clube.
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