O clima de inimizade entre a torcida do Ceará e Robinson de Castro, presidente do clube, está cada vez pior. Tido como principal culpado pelo rebaixamento no Brasileirão e afastamento de alguns torcedores, a grande massa tem feito muitas cobranças e uma delas é exigir a saída do mandatário. Na derrota por 3 a 0 para o Ferroviário, no último domingo (22), os alvinegros cantaram músicas contra a diretoria e uma delas em tom de ameace ao dirigente.
“Robinson de Castro, vai se f….! Ou renuncia ou vai morrer”, assim diz a letra que vem sendo entoada pelo povo que veste preto e branco nas arquibancadas.
Presidente eleito de forma majoritária, mas com terceiro mandato seguido “sub judice”, Robinson de Castro viu o fim da pouco relação positiva com a torcida alvinegra ir por água abaixo na última temporada. Além de contrariar o povão em contratações como a de Matheus Peixoto, que estava lesionado, ou a de Dentinho, que chegou a ser cogitado como participante de um reality show da Record, as péssimas campanhas com eliminações precoces e vexatórias e rebaixamento do Vovô para a Série B do Campeonato Brasileiro foram motivos que encerraram o relacionamento entre o presidente e a torcida do Ceará.
Longe da montagem do elenco neste ano, segundo afirma o diretor de futebol Albeci Júnior, o mandatário segue como alvo das críticas por parte dos alvinegros. Já tendo feito várias manifestações desde antes da queda no Brasileirão, os torcedores também protestaram no estádio neste fim de semana. Com a Arena Castelão fechada para reformas no gramado, o estádio Presidente Vargas tem recebido muitos jogos e, entre esses, o Clássico do Paz.
O torcedor se fez presente e, mesmo visitante, foi maioria na arquibancada. Mas, em campo o time não fez o suficiente e perdeu por 3 a 0 para o Ferroviário com direito e “lei do ex” com Ciel, atacante que teve três passagens em Porangabuçu, fazendo dois.
Com faixas e cânticos ordenando a saída de Robinson de Castro do cargo de presidente do Ceará, a torcida se exaltou tamanho vexame do time em campo e chegou a entoar cânticos de ameaces ao dirigente. Ao fim do jogo, um grupo de torcedores também protestou no portão do estádio por onde saem atletas, ônibus da delegação e diretores. Apesar do clima tenso, não houve nenhum ato de violência confirmada.
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