Com atitude irresponsável, Vina desestabiliza time e causa empate amargo

O Ceará empatou de 1 a 1 com o Goiás, na Arena Castelão, na noite desta quarta-feira (5), em jogo válido pela 30ª rodada da Série A. Em partida em que o Vovô precisava vencer, já que a zona de rebaixamento está em seu encalço, a equipe cedeu o empate aos 48 do segundo tempo em duelo que teve 12 minutos de acréscimos. Mas, o empate não aconteceu apenas por falhas do futebol, mas, principalmente, porque Vina, o principal jogador do elenco, teve uma atitude irresponsável que causou sua expulsão e, como consequência, desestabilizou emocionalmente a equipe.

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Vindo de três derrotas seguidas – São Paulo, Coritiba e América/MG -, o Alvinegro não podia pensar em outro resultado que não fosse a vitória sobre o Esmeraldino. Diante de mais de 16 mil torcedores, que seguem apoiando mesmo após uma temporada em que o time tem colecionado fracassados, o Vovô fez um bom primeiro tempo e voltou para a segunda etapa melhor ainda, abrindo o marcador antes do ponteiro assinalar dois minutos, com gol marcado por Mendoza.

No entanto, quando tudo parecia que, enfim, as coisas iriam melhorar e o que o time poderia até mesmo sair com um bom placar, Vina teve uma atitude irresponsável que desestabilizou todo o grupo. Em um possível lance faltoso, Mendoza ficou caído no chão e Vina chegou como quem quisesse fazer uma “barreira” para proteger o colega. Mas, após bater boca com jogadores adversários, o meia levou cartão amarelo. Esta advertência, inclusive, já o tiraria da próxima rodada, contra o Atlético-MG, por suspensão automática.

Mas a situação não parou por aí. O camisa 29 foi discutir com o árbitro, com reclamações um tanto acintosas e, como consequência, recebeu o segundo amarelo e o vermelho. Com apenas 16 minutos de bola rolando na segunda etapa.

A atitude do meia teve sérios resultados. A partir dali, os alvinegros sentiram a exclusão de Vina da partida e, com um a menos, o time perdeu o ritmo que vinha impondo até antes do acontecimento. O Ceará passou a falhar defensivamente, dando espaços para o Goiás, que aproveitou para fazer mudanças que, nos acréscimos, viria a ter efeito.

O jogador que é visto como “o cara” do time e que tem uma certa idolatria no clube pela história construída, apesar disso não ser unanimidade, tem tido posturas que prejudicam não só a ele, mas a toda a equipe. E essa não foi a primeira vez. Na eliminação na Sul-Americana, Vina precisou ser contido após receber críticas de torcedores. Na derrota contra o América-MG, provocou a torcida após marcar um gol e chegou a ser vaiado por alguns. Agora, nesta quarta (5), causou uma expulsão de forma desnecessária, deixando o time em desvantagem numérica em campo e causando o abalo emocional nos atletas. Na saída, ainda chegou a aplaudir de forma irônica os alvinegros que estavam na arquibancada, no setor que fica próximo ao túnel que dá para o vestiário.

À beira do campo, Lucho González era mais um que também parecia perdido e, mais uma vez, errou nas mudanças. O argentino tirou Mendoza, que estava fazendo uma ótima partida, e Guilherme Castilho, que também vinha bem. Com as saídas de ambos, o time perdeu velocidade e deixou de criar. Além disso, a entrada de Geovane deu mais força de movimentação no meio-campo ao adversário, já que o volante errou em quase todos os botes.

E, como consequência de tudo isso, o Goiás chegou ao empate. Aos 48 minutos, Nicolas recebeu passe e saiu de trás de Gabriel Lacerda para que, em posição legal, acertasse as redes alvinegras e fizesse o gol do empate.

Com o resultado amargo, o Ceará não tem mais chances de entrar na zona de rebaixamento nesta rodada. Isso porque, após mais uma rodada de incompetência, o Vovô precisou contar com a “sorte”. O Cuiabá-MT, 17º com 30 pontos, foi derrotado pelo RB Bragantino e não conseguiu ultrapassar o Alvinegro nos pontos.

Agora, o foco precisa ser em diminuir os erros – futebol e psicológico – o máximo possível. O próximo adversário é o Atlético/MG, fora de casa, que busca se classificar para a Libertadores 2023.