Ceará contou com quase 10 treinadores nos últimos dois anos; Veja lista

O Ceará está perto de anunciar seu próximo treinador, que vai chegar para substituir Guto Ferreira. Ainda não há nada concretizado, mas a expectativa é que seja Vagner Mancini. Mas, sendo ele ou não, quem chegar será o nono técnico a comandar o time de 2020 até aqui.

A pouca duração de um técnico é algo que faz parte do modo que a diretoria alvinegra trabalha há muitos anos. E isso tanto a gestão atual como também as anteriores. Uma filosofia de trabalho curto, que, por muitas vezes, impede que a equipe tenha uma característica de jogo a longo prazo e atrapalha no rendimento nas competições.

Do ano passado até aqui, oito profissionais diferentes estiveram no comando do Alvinegro de Porangabuçu, sendo cinco em 2022 e três nesta temporada, já indo para o quarto.

Em 2022, Tiago Nunes foi quem começou a temporada à frente do Ceará. Ele vinha da temporada anterior, quando chegou para substituir Guto Ferreira. Mas, após eliminações precoces na Copa do Nordeste e Campeonato Cearense acabou sendo demitido no fim de março.

Para substituí-lo, Dorival Júnior foi contratado. Sob seu comando, a equipe teve um bom início na Série A do Brasileirão e a melhor campanha de toda história da primeira fase da Sul-Americana, com 100% de aproveitamento. Mas, ele também saiu. No início de junho, o treinador recebeu uma proposta do Flamengo-RJ e optou por aceitá-la.

Depois foi a vez de Marquinhos Santos assumir a equipe. Mas, este foi demitido dois meses depois, em 14 de agosto, por não conseguir fazer a equipe ter um bom desempenho, nem em apresentações e nem em resultados no Campeonato Brasileiro. Foi quando a diretoria do Ceará surpreendeu e anunciou um novato no ramo.

Lucho González, que ainda não havia treinado nenhuma equipe profissional, foi anunciado como substituto de Marquinhos Santos. Supercampeão como atleta, o argentino era inexperiente como técnico e ganhava ali sua primeira oportunidade de exercê-la. E, após estreia com empate com o Flamengo-RJ fora de casa, ele também não conseguiu entregar um bom trabalhado.

E, assim como Marquinhos e Dorival, Lucho também se despediu do Alvinegro de Porangabuçu depois de apenas dois meses de trabalho. Por opção da diretoria, que àquela altura também parecia não confiar mais em seu próprio trabalho, optou por não trazer nenhum outro nome de fora e colocou Juca Antonello, que era integrante permanente da comissão técnica, para comandar o time.

Juca, que havia sido jogador do Ceará em 2012 e também trabalhou no clube como técnico da equipe Sub-20 masculina, ficou à frente do time nos cinco jogos restantes da Série A.

CEARÁ EM 2023

Para esta temporada, o Vovô tinha um ideal, mas este não foi seguido à risca. Gustavo Morinigo, que no ano passado havia negado o convite do Alvinegro, foi anunciado ainda dezembro como novo técnico e teve o trabalho, ao lado da diretoria de futebol, de montar o elenco do primeiro semestre, que foi vice-campeão do Estadual e campeão do Nordestão.

Mas, o paraguaio foi demitido em abril, antes do segundo jogo da final regional por ter tido um mau início na Série B do Campeonato Brasileiro, e Eduardo Barroca foi chamado para seu lugar. O técnico durou somente dois meses e foi mandando embora no fim de junho com um aproveitamento de pouco mais de 50%.

Guto Ferreira, que havia treinado o clube entre 2020 e 2021, foi chamado para retornar. Mas, com um baixo desempenho e resultados ruins, também sucumbiu após dois meses de trabalho.

Agora, o Alvinegro está na busca do quarto treinador da temporada. O nome mais forte para o momento é de Vagner Mancini, que estava no América-MG e foi demitido no início deste mês de agosto. Sendo ele ou não, o novo treinador do Ceará vai ser o nono profissional diferente que irá comandar a equipe alvinegra de 2022 até aqui.

Mancini é um conhecido da torcida do Vozão, pois trabalhou no clube em 2011 e levou o time ao título Estadual daquele ano. Com ele, foram 12 vitórias em 18 jogos.