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“No vermelho”; Ceará é surpreendido e prejuízo não planejado movimenta bastidores

Ceará
Foto: Tatiana Fortes/ O POVO

Após cinco anos na elite nacional, o Ceará retorna à Série B do Campeonato Brasileiro em 2023. Com a queda, o Alvinegro tem muito a perder. Não só na questão de jogar numa divisão abaixo, mas, principalmente, no quesito financeiro. Assim, de acordo com o Diário do Nordeste, o clube terminará o ano no vermelho após sete anos de Superávit.

A principal fonte de arrecadação do clube, as cotas de TV, cerca de R$ 69 milhões – sendo R$ 66,7 milhões apenas pela participação na Série A – não estaram no caixa do Vovô em 2023. Além disso, o sócio-trocedor era o outro carro chefe das finanças vem caindo exponencialmente com as insatisfações com a diretoria e resultados esportivos ruins.

No ano de maior orçamento da história do Alvinegro de Porangabuçu, a diretoria e os jogadores não conseguiram cumprir os principais objetivos esportivos e verão um 2023 “apertado” nas finanças. Segundo o réporter André Almeida, do Diário do Nordeste, a projeção que foi apresentada no final do ano passado apontava para uma expectativa de receita bruta estimada em quase R$ 164 milhões e receita operacional líquida de R$ 153 milhões (após descontos de impostos).

Para efeito de comparação, em 2017, último ano do Alvinegro na segundona, o Ceará arrecadou cerca de R$ 12 milhões com a competição. Para se ter ideia da disparidade, em 2021, o Vozão recebeu R$ 90 milhões, e em 2019 e 2018, cerca de R$ 50 milhões.

Essa readequação financeira, padrões salariais deverão ser mudados. Jogadores com contratos remanescentes também deverão ter vencimentos ajustados ou serem vendidos, assim como já tem sido feito com a grande quantidade de saídas nos últimos dias. Além disso, a queda também impacta entre os funcionários que fazem o dia a dia do clube. A “limpa” já começou antes do rebaixamento. Muitos já se despediram nas redes sociais em diversas funções desde os seguranças ao setor de análise de desempenho, marketing e categorias de base.

MENINAS DO VOZÃO E FUTSAL

A queda para a Série B ocasiona em consequências muito mais amplas que apenas o time de futebol profissional masculino.