Grupo de conselheiros do Ceará tenta montagem de nova comissão da reforma do estatuto

Membros do Conselho Deliberativo do Ceará que fazem parte do grupo que apoia a atual gestão se reuniram, na última quarta-feira (22), para articulação da criação de um novo comitê para revisão da reforma do estatuto. Vale ressaltar que já há um comitê com essa responsabilidade. As informações são do Diário do Nordeste.

O clima em Porangabuçu vive sob tensão e rachadura política em meio aos processos da montagem do documento para votação de aprovação ou não das regras para o novo Estatuto do Ceará pelos próximos anos.

Buscando ter mais acessos a informações e entendendo que é preciso haver um estudo mais aprofundado a respeito do que se trata do direito ao voto do sócio-torcedor e também discussão a respeito de detalhes sobre a remuneração para diretores executivos, algo que o atual estatuto não permite. Além disso, de acordo com o portal cearense, querem também que mais conselheiros analisem essas pautas.

Essa nova comissão ter o papel de revisão o documento para análise de pauta por pauta.

Ainda segundo o jornal Diário do Nordeste, os conselheiros que estiveram na reunião – convocada pelo segundo vice-presidente Carlos Moraes – querem ter acessos as informações das possíveis novas regras para que todas sejam analisadas. Nesta reunião 65 membros do Conselho assinaram o documento apoiando esta ação e a expectativa é que ainda consigam chegar a 130 assinaturas. Ao bater o número, enviarão o documento a Dr. José Barreto de Carvalho Filho, presidente do Conselho Deliberativo do Ceará.

Dr. José Barreto disse ao veículo que estava ciente, mas que não participou e que não sabia o contexto da reunião.

O ‘OUTRO LADO’ NO CEARÁ

Se o “lado da situação” é a reforma da criação desta comissão de revisão, do outro o posicionamento é totalmente contrário. Antônio José Maia, presidente da Comissão da Reforma do Estatuto do Ceará, disse em conversa com o Diário do Nordeste que o atual estatuto do clube não permite e disse estar preocupado com essa movimentação.

O dirigente ressaltou que a reforma está em processo de montagem do texto, pois duas mil sugestões foram recebidas, e que ao término todos os conselheiros terão acesso para analisar minuciosamente antes da votação.

“Primeiro o aspecto formal porque o estatuto atual não prevê que haja duas comissões trabalhando paralelamente para tratar do mesmo assunto. Como se propõe revisar algo que sequer teve pleno conhecimento, porque o trabalho está sendo finalizado. E a maior preocupação é material”, disse.

Antônio José Maia ainda disse que o trabalho da Comissão é “ouvir a voz da torcida” que clama por mudanças para que o Ceará “volte aos trilhos” em campo e para que retorne para “os braços” de seu torcedor sendo verdadeiramente o “Time do Povo“.

“Nossa comissão tem funcionado apenas como catalisador da participação maciça da torcida do Ceará, que enviou quase duas mil propostas para que a gente pudesse confeccionar o anteprojeto do estatuto. Esse anteprojeto não é da comissão, é do torcedor do Ceará e traz mudanças no ponto de vista da transparência e participação do torcedor nos processos do clube. É um projeto que abre os portões de Carlos de Alencar Pinto para o torcedor”, finalizou.