Antes da bola rolar para o Clássico-Rei, na última quarta-feira (1), todos, tanto torcedores do Ceará quanto do Fortaleza, se faziam pergunta: o Vina vai jogar? Sim, ele jogou. Após ter passado três dias fazendo tratamento intensivo na panturrilha, o meia foi titular e deu uma assistência de “maestro” para Cléber marcar o gol da vitória alvinegra em duelo válido pela terceira rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, na Arena Castelão.
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Se até o momento da divulgação de escalações ele era dúvida, em campo ele mais do que se confirmou. Participante em todos os momentos ofensivo de sua equipe, inclusive quando houve uma confusão generalizada entre os jogadores, Vina mostrou por qual motivo ele é tão exaltado pela torcida do Ceará. Com dores na panturrilha esquerda desde o dia 14 de maio, quando precisou ser substituído contra o Flamengo, o jogador voltou a sentir conforto no mesmo local no último sábado (28), contra o São Paulo, e desde então passou a fazer tratamento intensivo em três períodos – manhã, tarde e noite – para que pudesse estar apto para o Clássico-Rei.
Valorizando o trabalho dos profissionais que integram o quadro de fisioterapeutas do clube, Vina demonstrou gratidão e, após o jogo, deu entrevista agradecendo a todos eles pela dedicação de cada um para que ele estivesse em campo, mesmo sendo alvos de muitas críticas e até mesmo piadas.
“Clássico é jogo que eu amo jogar. Tenho sido muito feliz aqui. Óbvio que tem minha vontade, meu empenho de querer melhorar, mas queria agradecer muito à fisioterapia do clube. Para não falar o nome de um por um, são todos. Eles levaram algumas pancadas em relação ao departamento médico, mas são todos meninos do bem, homens trabalhadores, caras que torcem e querem o bem do clube. Então queria agradecer a eles imensamente por eu está aqui”, disse o meia do Vovô.
Em clássicos anteriores, mesmo decidindo, o armador era provocado por diversas vezes por conhecido como um atleta “esquentado”. Mas, desta vez, a situação foi diferente. Vina provou que ser o capitão num duelo desse tamanho lhe traria uma responsabilidade a mais que ele estava pronto para exercer. Utilizando da força psicológica, o camisa 29 do Alvinegro de Porangabuçu provocou atletas adversários e os tirou da concentração logo no início da partida. Algo que, inclusive, não conseguiram recuperar com tanta facilidade no decorrer no primeiro tempo. Com isso, sofreu faltas que acabaram gerando cartões para os defensores leoninos.
Diferente das demais partidas que vinha fazendo com Dorival Júnior como falso 9, Vina atuou mais recuado, como meia, sua posição de origem. E dali, conhecedor que é, esteve bem à vontade e deu muito trabalho ao adversário. Armando, arriscando de fora da área, tentando ligações de profundidade, fazendo “corta luz” em chute de Lima que acertou a trave. E, assim, Vina até chegou a balançar as redes com 35 minutos, mas acabou anulado por posição irregular do volante Richard Coelho no início da jogada. E, apesar do gol da vitória ter sido de Cléber, foi dele o passe magistral de calcanhar para encontrar o centroavante livre para mandar a bola para o fundo do barbante aos 56 do primeiro tempo. Triunfo esse que tirou o Ceará da vice-lanterna e o levou para a 15ª posição da tabela.
“Fui feliz. Antes do Richardson tocar para mim, já tinha dado uma olhada e vi a linha (de marcação) deles. Eu fui feliz, mas méritos para o Clebão que conseguiu colocar a bola para dentro do gol”, comemorou o jogador.
Agora, com o time fora da zona de perigo, o pensamento é outro. Diante do Coritiba, já neste fim de semana, o atleta alvinegra quer mais uma vitória para subir de colocação no campeonato nacional. Para isso ser possível, ele pediu o apoio de seu torcedor, que fez uma bela festa mesmo como visitante no Clássico-Rei.
“Representou muito essa vitória. Nos tirou da zona de rebaixamento e agora é comemorar e já começar a pensar no jogo de sábado contra o Coritiba, em casa. Que nossa torcida possa comparecer em um bom público para nos empurrar para mais uma vitória”, finalizou Vina.
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