Léo Batista, um dos maiores nomes da história do jornalismo brasileiro, faleceu neste domingo (19). Aos 92 anos, estava internado no Rio de Janeiro havia duas semanas e lutava contra um câncer no pâncreas. Nas redes sociais, o Ceará manifestou solidariedade aos familiares e amigos e lamentou a grande perda.

Com várias décadas como repórter, Léo Batista ficou conhecido como “a voz marcante“. Inclusive, em 2022, ano em que o Brasil foi pentacampeão da Copa do Mundo, o SporTV lançou um documentário sobre sua história e a alcunha se tornou o nome da película. O jornalista iniciou a carreira com apenas 15 anos de idade. Seu primeiro trabalho foi na rádio fazendo cobertura na Copa do Mundo de 1950, realizada no Brasil. Em 1955, ele seguiu para televisão e foi contratado pela TV Rio. Lá, ele passou 15 anos até ser contratado pela Rede Globo.
Léo Batista foi o primeiro repórter a informar o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, e também a morte de Ayrton Senna, em 19994. No esporte, ele participou do “Baú do Esporte“, além de quadros no Esporte Especular, no Fantástico e Globo Esporte. Torcedor declarado do Botafogo-RJ, ele vem recebendo homenagens de vários clubes do futebol brasileiro. Um deles é o Ceará, que relembrou um pouco de sua marcante história e lamentou sua partida.

CEARÁ PUBLICA ADEUS A LÉO BATISTA
“O adeus à voz marcante: Léo Batista nos deixa com história única no jornalismo brasileiro. Com imenso e profundo pesar, o Ceará lamenta o falecimento de João Baptista Bellinaso Neto, popularmente conhecido como Léo Batista, ícone do jornalismo esportivo brasileiro, aos 92 anos, em decorrência de um câncer de pâncreas, detectado na útlima sexta-feira, dia 17.
Dono da “voz marcante” da imprensa esportiva brasileira, Léo Batista iniciou a carreira profissional na década de 1940, em Cordeirópolis, cidade localizada a aproximadamente 375 km da capital São Paulo. Em 1952, rumou ao Rio de Janeiro, onde começou a trajetória na Rádio Globo. Dois anos depois, em 1954, passou a integrar a equipe esportiva do Sistema Globo de Rádio – neste mesmo ano, de plantão, noticiou o suicídio do ex-presidente Getúlio Vargas.
Em 1955, o apresentador trocou o rádio pela televisão, passando pela TV Rio e pela TV Excelsior. Em 1970, no período da Copa do Mundo do México, onde o Brasil faturou o tricampeonato, retornou ao Grupo Globo para dar início aos mais de 50 anos de contribuição.
Nesta época, narrou Peru x Bulgária, duelo válido pela 1ª rodada do Grupo 4. Logo depois, substituiu o ex-apresentador Cid Moreira em uma edição histórica do Jornal Nacional. Léo Batista foi responsável por noticiar o sequestro do presidente Pedro Eugenio Aramburu, da Argentina, e o maior terremoto da história da Nicarágua.
Na Globo, Léo Batista ainda apresentou o Jornal Hoje, iniciado em 1971, o Esporte Espetacular, criado em 1973, e o Globo Esporte, lançado em 1978, cujo nome foi sugerido pelo apresentador.
Durante sua trajetória profissional, participou da cobertura de 13 Copas do Mundo e 13 Jogos Olímpicos. Léo Batista ainda ficou marcado por ser o primeiro narrador do surfe e da Fórmula 1 na televisão brasileira, feitos que comprovam a veia vanguardista do jornalista em sua vida profissional.
Botafoguense declarado, recebeu em vida homenagens do clube do coração, como uma cabine com seu nome no Estádio Nilton Santos. O Ceará SC estima os mais sinceros sentimentos à família e amigos de Léo Batista, ‘a voz marcante’ da televisão brasileira”.

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