Mancini rechaça polêmica com Zé Ricardo e explica motivo de preteri-lo como decisão tática: “Minhas trocas são para vencer”

Zé Ricardo não é um nome que o torcedor tem visto muito em campo pelo Ceará desde a chegada de Vagner Mancini. Questionado sobre o motivo, o técnico do Vozão fez questão de afastar qualquer polêmica e explicou que são situações táticas que têm feito o atleta perder espaço.

À disposição no Alvinegro desde a metade do primeiro turno da Série B do Campeonato Brasileiro, o volante de 27 anos trabalhou com três treinadores diferentes na equipe: Eduardo Barroca, Guto Ferreira e Mancini. Com os dois primeiros, o meio-campista teve oportunidades e chegou a ser titular em vários jogos. Mas, com Mancini, com quem ele já havia trabalhado no América-MG, as oportunidades são bem poucas.

Após vitória sobre o Mirassol-SP, no último domingo (12), o treinador foi questionado do motivo de preferir utilizar de titular o zagueiro Léo Santos improvisado como volante do que Zé Ricardo, que é de origem da posição. Mancini respondeu que o motivo é exclusivamente pensando no tático do time e que nunca teve nenhum problema com o atleta.

O treinador do Ceará ainda disse que o volante realmente merece mais chance e que isso não aconteceu anteriormente porque o atleta acabou tendo uma lesão.

“Eu não tenho nada contra o Zé Ricardo. Muito pelo contrário, acho ele um baita de um profissional. Foi meu atleta no América-MG e, assim como no Ceará, em alguns momentos ele ficou de fora da escalação e se criou uma polêmica de que eu e o Zé… Não tem nada disso. O Léo Santos, por ser zagueiro, ele faz a entrada na linha de cinco (zagueiros, laterais e volante) defensiva, tem um pouco mais de facilidade. Mas isso não quer dizer que o Zé não possa jogar, acho até que já está merecendo uma oportunidade que já teríamos dado a ele quando sentiu alguma lesão e acabou ficando de fora da viagem”, explicou.

MANCINI AFIRMA JOGAR PARA VENCER

Ainda sobre o assunto, Vagner Mancini contou que o seu foco é ganhar os jogos e que, pensando nisso, as substituições são feitas de acordo com a situação de cada partida. Ou seja, se o Vozão está vencendo, ele fortalece mais o meio-campo para dar sustentação ao setor defensivo.

Porém, como o Alvinegro passou sob seu comando uma sequência de seis jogos sem vencer na Série B, ele precisava fazer mudanças pensando ofensivamente para buscar surpreender e vencer a partida. Com isso, teve como consequência as poucas oportunidades de Zé Ricardo.

“Se trata de um grande jogador, um grande profissional, não tenho porque ir contra isso. Muito pelo contrário, acho que quando tem opções isso acaba beneficiando. Por que o Zé ficou alguns jogos sem entrar? Quando você está vencendo a partida e precisa fortalecer o meio-campo, eu uso os volantes. Mas quando não estou vencendo, as minhas trocas são para vencer partida e não escondo isso de ninguém. Muitas vezes meus times jogam expostos porque eu quero ganhar. O mais importante é, ao longo da minha carreira, como atleta e treinador, sou eu não perder o gosto pela vitória. Sou um cara focado na vitória. Se eu for fazer uma substituição aos 40 do segundo tempo e estiver 0 a 0, eu jamais vou botar um defensivo, vou pôr um atacante para tentar surpreender nos últimos cinco minutos”, finalizou o técnico do Ceará.