Atacante do Ceará expõe caso de xenofobia e explica o que isso tem haver com sua comemoração; entenda

Na manhã desta terça-feira (23), o atacante Nicolas, do Ceará, concedeu uma entrevista ao programa Esportes do POVO, da Rádio O POVO CBN, para discutir seu momento atual no clube. O jogador conquistou a titularidade na equipe de eduardo Barroca e está em uma boa fase, marcando dois gols nas últimas duas partidas pelo Vovô.

Durante a entrevista, ele também abordou a origem da sua comemoração conhecida como “flechada”. Segundo Nicolas, a celebração teve início quando ele atuava pelo Paysandu-PA, em 2019. Sua inspiração foi o atacante Róbson, ídolo do Papão e apelidado de Robgol.

“Ele comemorava dessa maneira em alguns jogos, principalmente como um protesto contra a xenofobia e o preconceito, especialmente na região Norte”, explicou o atacante.

Nicolas revelou que jogadores do rival Remo foram vítimas de xenofobia ao atuarem em outro estado. No jogo contra o Paysandu, ao marcar um gol, ele decidiu comemorar imitando um índio segurando um arco e flecha, em solidariedade aos colegas e como forma de protesto. O atacante destacou sua admiração por Róbson e sua identificação com a maneira como ele celebrava seus gols.

O jogador do Vozão ressaltou a importância de se posicionar e se pronunciar em situações desse tipo, acreditando que mais pessoas precisam se manifestar. Desde então, ele adotou a comemoração da flechada como sua marca registrada, acreditando que o gesto combina com sua postura e posicionamento.

“Achei que nesse tipo de situação, mais pessoas precisam se pronunciar, se posicionar. Naquele momento eu me posicionei, me identifiquei com a comemoração e desde então tenho feito ela”, explicou.