Robinson de Castro, ex-presidente do Ceará, voltou a falar novamente com a imprensa. Em entrevista ao programa Jogada 1º tempo, do Diário do Nordeste, o advogado comentou vários assuntos e, entre eles, a investigação “Operação Penalidade Máxima“, que investiga dois atletas que aturam no Vozão no ano passado. Robinson afirmou não ter se surpreendido com a notícia, mas que sentiu-se traído.
Richard Coelho e Nino Paraíba, atletas que defenderam o Vovô na temporada passada, estão sob suspeitas de participação de manipulação de resultados em partidas da Série A do Brasileirão de 2022. Robinson de Castro, ex-presidente do Mais Querido, citou o ocorrido e, apesar de não fazer nenhum tipo de denúncia, ele deixou em questão que, se realmente isso foi feito, outras coisas também podem ter acontecido.
Ele ainda citou a diferença de poucos pontos para o time evitar o rebaixamento e que, por apenas quatro pontos, não foi possível.
“Agora, nada me surpreende nesse sentido (de manipulação). Se me perguntasse no mês passado, antes de estourar isso, eu colocaria minha mão no fogo (pelos jogadores) e as teria queimado. Então não dá para confiar. E (isso) explica algumas coisas, claro que explica. Porque se fizeram isso, fizeram outras coisas também. Deixam de fazer algo para evitar um gol, que pudesse gerar um gol. Você cai por causa de três pontos. Para sair da zona era uma vitória, um esforço a mais, evitar alguma situação”, disse o ex-presidente.
No Campeonato Brasileiro de 2022, o Ceará foi a equipe que mais sofreu cartões. Ao todo, foram 137 punições com 127 amarelos e 10 vermelhos. Os dois atletas que estão sendo investigados pelo segunda fase da Operação Penalidade Máxima, pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), o lateral-direito e o volante, que não está mais no clube, estiveram entre os jogadores que mais “violentos” da competição.
“Esse assunto de cartão era muito questionado por mim com eles porque os cartões eram por reclamação. Eu falava assim: ‘rapaz, vocês estão preocupados com o árbitro e esquecem de jogar’. Não estou falando que foi de má fé. Supostamente tinham a máfia da aposta e, quando eu tomei conhecimento disso, me senti traído. Você sofre muito para levar o clube onde nós levamos, eu convivo com isso. Traz um mal para a minha pessoa e vê algumas pessoas fazerem isso… Não tem sentimento nem pelos funcionários do clube porque gente perde emprego, o torcedor sofre”, criticou Robinson de Castro.
SITUAÇÃO DOS EX-JOGADORES DO CEARÁ
Investigados pela “Operação Penalidade Máxima II“, do MP-GO, Richard Coelho e Nino Paraíba estão vivendo sob as consequência do suposto envolvimento na máfia das apostas. Nino Paraíba teve seu contrato rescindido com o América-MG.
Por outro lado, o volante ainda tem contrato com o Alvinegro e foi emprestado ao Cruzeiro-MG. A equipe mineira suspendeu o vínculo com o atleta enquanto as investigações acontecem. O vínculo dele com o Ceará vai até o fim do próximo ano.
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