Torcedor do Ceará quebra barreira da rivalidade e tem ato solidário com crianças tricolores; Veja

Apelidado por Clássico-Rei, a rivalidade entre Ceará e Fortaleza é uma das mais fortes do futebol brasileiro. Mas, ser rival não significa ser inimigo. E um torcedor alvinegro, chamado Tércio Cunha, comprovou isso em um ato de solidaridade com pequenos torcedores tricolores na última sexta-feira (31).

Enquanto passeava com sua família no Shopping Riomar Papicu, na capital cearense, o torcedor do Vozão se deparou com uma situação que lhe tocou profundamente em alma alvinegra. Uma mãe de três crianças estava em frente à loja do Fortaleza, andando para lá e para cá, tirando fotos e com os filhos pedindo uma camisa de presente. Aparentemente humilde, a mulher disse que naquele momento não tinha condições de comprar, mas que um dia lhe presentearia.

Percebendo a angústia daquela mãe, Tércio entrou na loja leonina, se identificou como torcedor do Ceará e perguntou como poderia ajudar a realizar o sonho daquelas crianças. E, além de ter presentado cada um com uma camisa do time rival e ainda mais outra criança que também estava lá dentro da loja.

“Eu o atendi. Essa mãe estava com os três filhos na loja. Ele estava passando e viu que ela e voltava, ia na vitrine, tirava foto. Quando ele entrou na loja, eu que o abordei. Ele me perguntou quais valores de blusas acessíveis que, se ele pudesse, daria a blusa cada para um deles. Ele informou ser torcedor do Ceará. Ele comprou quatro blusas para quatro crianças aqui dentro da loja. As três dessa mãezinha que estava lá fora e de outra mãezinha que estava fazendo um cadastro para sócio”, disse Geórgia Bezerra, a atendente tricolor, em conversa exclusiva com a reportagem do Meu Vozão.

Emocionada pelo momento vivido, ele entende que a rivalidade deve existir sim, mas não além das quatro linhas. Além de fazer vários elogios e se emocionar relembrando o momento, Geórgia afirma que pessoas como Tércio Cunha, que olham para pessoas com o coração, fazem do mundo um lugar melhor.

“Uma pessoa de coração maravilhoso. Ele, a esposa, o filho. A criança que ganhou não parava de falar que não sabia como iria dormir pois o seu sonho era ter uma camisa oficial do Fortaleza. Foi altamente emocionante. A mãezinha chorando. Só em saber que uma pessoa torce para outro time.. Acho que a rivalidade tinha que ser dessa forma, sabe? Porque aí não existiria tanta violência. Foi surreal, só quem viveu aquele momento sabe o que sentiu na hora”, disse Geórgia.

A atitude de Tércio em relação aos garotos mostra que a rivalidade não é sinônimo de ser inimigo. Inclusive, que podemos ajudar o próximo, independente de é alvinegro ou tricolor. Também comprovou que, apesar de tanta violência, torcedores de clubes rivais podem se unir em prol de uma causa maior.

Até o momento do fechamento desta matéria, o Meu Vozão ainda não conseguiu entrar em contato com Tércio Cunha.