“Por causa dessa ansiedade…”; Treinador do Ceará explica porque ainda não ‘abriu espaço’ para jovens da base

Alguns jogadores das categorias de base do Ceará estão integrados ao time profissional. Mas, até o momento, apenas um foi utilizado enquanto outros estão sendo “esquecidos”. Após vitória sobre o Ferroviário, no último domingo (26), o treinador Léo Condé explicou porquê ainda “não abriu” espaço para as “joias” do Vozão.

Segundo ressaltado pelo técnico alvinegro, ainda é preciso encontrar o “time base” para este ano. Ele explica que, como perdeu metade do elenco, inclusive a “espinha dorsal” do grupo de 2024, primeiro é necessário que seja definida a “estrutura da equipe” que vai ser titular. Além disse, Condé também afirma será necessário que esses jovens demonstrem, começando pelos treinos, capacidade para que possam ganhar minutagem nas partidas. Até aqui, apenas João Victor foi utilizado, quando atuou nos minutos finais na derrota para o Náutico-PE, na Copa do Nordeste.

“É difícil a gente conseguir todos os objetivos em três jogos, né? Não vou conseguir. Primeiro que a gente tem que dar ritmo de jogo aos jogadores, achar uma equipe base, algo que a gente não tem. Nós perdemos ela quase toda. Perdemos Saulo, Erick Pulga, perdemos os dois zagueiros titulares. Vários atletas chegando, então temos que achar uma base. Esse é o ponto de partida. Depois, os atletas da base vão ter ir mostrando, primeiro nos treinamentos, a capacidade deles virem para o jogo e atuar. O João Victor já entrou um pouquinho. Daqui a pouco, talvez, se fizer por merecer, o Zé Neto vai ter sua oportunidade, o Fabrício, o Gabriel e outros”, disse o treinador.

TREINADOR DO CEARÁ PEDE CAUTELA COM JOVENS E CITA RECEIO

Léo Condé lembrou que passou nove anos de sua carreira atuando como treinador de categorias de base e que sabe que é preciso ter calma para lançar um atleta na equipe principalmente. Segundo ele, durante quase uma década trabalhando com jovens promessas, viu vários serem “queimados” por causa da ansiedade de que joguem antes do momento certo.

“Não tem como a gente pegar e lançar os meninos. Eu trabalhei nove anos como treinador de base, vi muitos jogadores serem queimados justamente por causa dessa ansiedade. A gente tem que ter um pouco de calma para ir lançando esses jogadores aos poucos. Primeiro estabelecer uma equipe estruturada. Nós não temos uma equipe estruturada ainda. O porquê eu já falei. Não é só o pouco de treinamento não, a gente não tem uma equipe base. Às vezes, têm equipes que estão iniciando a temporada que mudou duas ou três peças da Série A. A gente mudou 50% do elenco”, finalizou.