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Vina não se cala e detona gramado da Arena Castelão

Foto: Stephan Eilert / Ceará SC

Meia do Ceará, Vina foi o escolhido para dar entrevista após a eliminação da equipe, na noite da última quarta-feira (13). Em entrevista à Amazon Prime, striming que transmitiu com exclusividade o Clássico-Rei válido pelas oitavas da Copa do Brasil, o camisa 29 do Vovô lamentou a desclassificação do time, falou sobre a identificação que tem com a torcida e fez duras críticas ao gramado da Arena Castelão.

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Após adeus do Vovô no torneio nacional desta edição, o meia alvinegro fez questão de condenar o gramado do principal palco esportivo cearense. O estádio Governador Plácido Castelo, a Arena Castelão, tem sido alvo de muitas críticas e não só pelo estado de seu campo. Além disso, o descaso com a estrutura física e também problemas na parte elétrica que causaram queda de energia em jogos importantes, mesmo com o estádio tendo geradores, vêm causando polêmicas. Para Vina, que afirmou que o Clássico-Rei não teve um bom futebol apresentado, o gramado foi um dos culpados.

“Tentei, buscamos. Confesso que não foi um jogo bonito pelas condições do gramado, que é sempre fica chovendo no molhado falar sobre isso. Mas, se o campo é melhor, óbvio que a gente teria um jogo mais técnico”, disse o meia em tom de desaprovação.

Na partida, o Ceará teve duas apresentações distintas. O primeiro tempo o time ficou mais recuado e até sofreu em alguns momentos. Já na segunda etapa, o Vovô pressionou, balançou as redes aos 15 minutos, com gol de Vina de cabeça, e teve chance de virar, mas um belo chute do meia, no último lance do confronto, acabou batendo no travessão.

“Fico feliz pelo gol, mas muito triste pela desclassificação. A gente tentou e buscou, contou com o apoio da nossa torcida. Aquele lance que a bola sobrou, passou minha vida toda (na mente). Me preparei, ajeitei o corpo.. Sei que não é minha perna dominante, mas peguei bem, acho que até caprichei demais. Infelizmente a bola bateu na trave”, lamentou o atleta. “Nós batalhamos, tentamos.. Mas agora é dar uma resposta ao nosso torcedor na Sul-Americana e no Brasileirão, onde estamos devendo”.

Morando na capital cearense desde 2020, ano em que começou a defender o Alvinegro de Porangabuçu, Vina tem uma identificação muito forte com a torcida. Para muitos, principalmente para a geração mais nova, ele já é um ídolo e, até mesmo para aqueles que não o veem desta forma, sabem que ele já tem o nome marcado na história do clube. O meia falou sobre esse sentimento de amor que há entre ele e a massa alvinegra.

“Meus pais estão aqui (no estádio), minha esposa sempre está e tem toda essa torcida que hoje para mim é minha família também”, disse.

Sem muito tempo para lamentações, ele já pensa no Corinthians, adversário do Ceará no fim de semana pelo Brasileirão, disputa em que o time entrou na zona de rebaixamento na última rodada.

“Agora é centralizar as forças, até vir a Sul-Americana e já temos o Campeonato Brasileiro, onde a gente está devendo. Sábado, diante do nosso torcedor de novo, diante de uma grande equipe que é o Corinthians, que a gente possa ver nosso torcedor comparecendo para começarmos a pontuar. Esse grupo merece sempre brigar por coisas grandes”, finalizou.