Após episódios recentes de erros da arbitragem em jogos do futebol brasileiro, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues pondera a falta de tempo para trabalhar o VAR. O gestor destacou ainda o calendário do futebol brasileiro e deixou só para o fim da Copa a sucessão de Tite.
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Em entrevista exclusiva ao Estadão, o dirigente falou sobre a má fase da arbitragem brasileira, o calendário do futebol do País e diversos outros temas. Ednaldo destacou também a chegada de Wilson Seneme no comando da arbitragem brasileira. Segundo o mandatário, os erros serão diminuídos com o tempo.
“O problema da arbitragem é em todo mundo. Aqui ainda mais, porque quem estava antes não planejou melhor a situação do treinamento, principalmente dos árbitros que operam VAR. Faltou tempo de treino. Quiseram fazer de uma forma rápida, mas não deram uma condição melhor. É exatamente isso que o Seneme está procurando fazer, e dando a mão à palmatória. Ele não teve tempo de fazer uma pré-temporada, uma intertemporada. A gente ainda não está na perfeição, não é o que a gente espera. Mas não é falta de trabalho. Sempre vai haver discussão, mas tenho certeza que vão diminuir muito os equívocos”, assegura o gestor.
A CBF divulgou na quarta-feira (21) o calendário inicial para as competições de 2023. Ednaldo tocou no ponto sobre o fim dos estaduais, como meio de reduzir a carga de jogos das equipes. Além disso, o calendário para o ano seguinte também será apertado.
“A gente verifica as datas deles e, com o que sobra, a CBF faz o dela. A Copa do Brasil tem os melhores prêmios do futebol, e da primeira fase até a última um clube arrecada mais de R$ 70 milhões. Um clube, para isso, vai ter (que jogar) 14 datas. Para Libertadores, Sul-Americana, da mesma forma. Aí falam que o problema está nos Estaduais. Só que, para um clube chegar à Copa do Brasil, o acesso é pelos Estaduais. Se acabar os Estaduais, quem vai nortear? Para 2023, a gente entende que vai ser possível, mas em 2024 você tem Olimpíada e Copa América, então vai ficar difícil. A discussão tem que começar desde agora”, analisa o gestor.
Natural de Vitória da Conquista-BA, Ednaldo Rodrigues assumiu o cargo em março de 2021, após a saída de Rogério Caboclo da presidência. O baiano ficou no cargo durante alguns meses de forma interina, mas desde março, deste ano, foi eleito praticamente por unanimidade, sendo assim o sétimo dirigente a assumir a presidência da CBF na última década.
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