A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou, na tarde dessa quinta-feira (2), os áudios do árbitro de vídeo sobre os lances polêmicos no duelo entre Ceará e Fortaleza, na última quarta-feira (1), pela terceira rodada do Brasileirão. Em confronto que foi realizado na Arena Castelão, duas cenas protagonizaram bastante no Clássico-Rei. Primeiro, a expulsão do volante tricolor Felipe, que deu um tapa no rosto de Richard Coelho, volante do Vovô. Depois, um suposto pênalti de Fernando Sobral.
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Como sempre faz após toda partida, CBF publicou em seu site oficial os áudios da conversa entre o VAR e o árbitro da partida sobre dois lances que foram decisivos no Clássico-Rei de ontem. Expulsão de Felipe, do Leão, no primeiro tempo e um suposto pênalti de Fernando Sobral, do Ceará, não marcado já na segunda etapa.
A briga generalizada começou aos 15 minutos e terminou com cartão vermelho para o volante leonino. Sem ter visto o lance no momento, Bráulio da Silva Machado, árbitro Fifa, recorreu ao VAR para tomar sua decisão. Após análises, ele deu cartão vermelho direto a Felipe por ter dado um tapa no rosto de Richard Coelho, camisa 25 do Ceará.
“Ele (Felipe) empurra o rosto do cara (Richard), ele dá um tapa. Bráulio, vou te recomendar revisão (vídeo) para possível cartão vermelho por agressão. Número 15 do Fortaleza”, disse Rodrigo D’Alonso Ferreira, árbitro de vídeo.
Em jogo muito “pegado” e muito faltoso, uma nova polêmica surgiu no segundo tempo. Em lance de ataque tricolor pelo lado esquerda, a bola foi levantada à meia altura na área alvinegra e, após bater na canela de Fernando Sobral, acaba tocando na mão do volante do Vovô. Sem uma boa visão da jogada, Bráulio contou com ajuda do VAR novamente, que afirmou não ter havido nenhuma ação de bloqueio na jogada.
“Ele está no movimento do chute. Pega no braço dele em uma ação do movimento do corpo, ele não bloqueia, não faz nada. Pode prosseguir”, disseram os auxiliares do árbitro de vídeo.
A CBF ainda especificou as regras sobre bola no braço e conduta violenta. Veja abaixo.
“Conduta violenta: Verifica-se conduta violenta quando um jogador usa ou tentar usar força excessiva ou brutalidade contra um adversário sem que esteja disputando a bola, ou contra um companheiro, um oficial de equipe, um oficial de arbitragem, um espectador ou qualquer outra pessoa, independentemente de existir ou não contato. Também pratica conduta violenta todo jogador que, sem estar disputando a bola, golpeia deliberadamente um adversário ou qualquer outra pessoa na cabeça ou no rosto com a mão ou braço, a menos que a força empregada seja insignificante.
Tocar a bola com a mão/braço: Com objetivo de determinar com clareza as infrações de mão/braço, fica definido que o braço tem início na parte superior da axila, como está demonstrado na figura ilustrativa. Nem todo toque da bola na mão/braço de um jogador é uma infração.
Será uma infração se um jogador:
– Tocar a bola com sua mão/braço deliberadamente. Por exemplo, deslocando a mão/braço na direção à bola;
– Tocar a bola com sua mão/braço, quando sua mão/braço ampliar seu corpo de forma antinatural. Considera-se que um jogador amplia seu corpo de forma antinatural, quando a posição de sua mão/braço não é consequência do movimento ou quando a posição da mão/braço não pode ser justificada pelo movimento do corpo do jogador para aquela situação específica. Ao colocar a sua mão/braço em tal posição, o jogador assume o risco de sua mão/seu braço ser tocada pela bola e, portanto, deve ser punido;
– Marcar um gol na equipe adversária: diretamente do toque da bola em sua mão/braço, mesmo que acidentalmente, inclusive o goleiro; ou imediatamente após a bola tocar em sua mão/braço, mesmo que acidentalmente”, finalizou a entidade.
No confronto, o Ceará venceu por 1 a 0 com gol de Cléber, aos 56 do primeiro tempo, foi aos nove pontos e pulou da 19ª para a 15ª colocação. O Fortaleza, que ainda não venceu no Brasileirão, segue na lanterna com somente dois pontos somados até aqui.
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