A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou o súmula da partida entre Ceará x Cuiabá, válida pela 32ª rodada do Brasileirão. O árbitro Caio Max detalhou os lamentáveis ocorridos na Arena Castelão, no último domingo (16). Em pronunciamento, a principal entidade do futebol brasileiro pediu que “punições drásticas” sejam tomadas.
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Árbitro responsável pelas tomadas de decisões entre Ceará x Cuiabá, na Arena Castelão, o potiguar Caio Max informou na súmula da partida os tristes ocorridos como briga na parte superior Norte da arquibancada, arremesso de cadeiras, disparados por parte da Polícia Militar e tentativa de agressões a jogadores.
“Informo que aos 49 minutos do segundo tempo, após a confirmação do gol da equipe do Ceará, pela equipe de arbitragem e antes do jogo ser reiniciado, foi observado uma briga generalizada entre torcedores da equipe mandante no anel superior da arquibancada situado à esquerda das cabines de transmissão, atrás da meta da equipe Cuiabá, com arremesso de assento das cadeiras uns nos outros. Inclusive atingindo pessoas no anel inferior, na qual as mesmas adentraram ao gramado com o objetivo de se refugiar da briga. Em seguida houve o som de disparos da polícia para conter e dissipar a confusão no anel superior, em virtude disso as pessoas que se encontravam no anel inferior, adentraram em massa no campo de jogo, com o objetivo de refúgio da confusão. Porém, alguns torcedores tentaram agredir jogadores da equipe Ceará, onde os mesmos correram em direção ao túnel de acesso aos vestiários, como também a equipe visitante e a equipe de arbitragem junto com o policiamento, com o objetivo de resguardar a integridade física de todos. Em seguida, após alguns minutos pedi que as
equipes retornassem aos vestiários com o objetivo de preservar sua integridade e me dirigi ao meu vestiário. Após 11 minutos do início da invasão, entrei em contato com o comandante geral do policiamento Sr. Eduardo Souza Landim, tenente/coronel do Batalhão BP Choque, que não me deu garantia de segurança para reiniciar a partida. Após 13 minutos do início da invasão, decidi dar por encerrada a partida, por entender que não haveria garantia de segurança para o reinício da partida , pois haveria ainda 7 minutos por jogar referente ao restante do acréscimo do segundo tempo. Informo que ambas as equipes demonstraram não ter condições emocionais para continuar a partida. Em seguida, no túnel de acesso, informei aos ambos representantes das equipes a minha decisão e os motivos acima citados. Devido a fuga para o túnel de acesso de toda a
equipe de arbitragem, não foi possível visualizar qualquer outro incidente que possa ter ocorrido no campo de jogo durante a invasão. Informo também que durante a fuga para o túnel de acesso da equipe de arbitragem, a comunicação foi perdida com a cabine do VAR, devido aos funcionários da empresa responsável ( hawkeye) retirar o equipamento do gramado com o receio de serem destruídos. Essa informação foi repassada pelo Sr. Marcos, funcionário da empresa prestadora de serviço após os incidentes”, detalhou Caio Max.
POSICIONAMENTO DA CBF
O futebol nordestino viu de perto, no último domingo (16), muito vandalismo por parte de uma minoria de torcedores. Na Arena Castelão, em Ceará x Cuiabá-MT, pela Série A, e na Ilha do Retiro, em Sport-PE x Vasco-RJ, pela Série B.
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, pediu que o Superior Tribunal da Justiça Desportiva (STJD) “punições drásticas” contra esses ocorridos, que serão julgados nas próximas semanas.
“Estamos indignados com as imagens que vimos hoje nas duas partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro, competições com números recordes de participação popular nos estádios e que está sendo marcado pelo retorno das famílias. Esperamos que o STJD tome posições duras. Nos colocamos no lugar dos pais daquela criança desmaiada em Fortaleza. Nós aguardamos que punições drásticas sejam tomadas pelo tribunal. O futebol brasileiro não tem mais espaço para a violência e o retrocesso”, disse o mandatário.
Confira abaixo nota completa divulgada pela CBF.
“A CBF lamenta os episódios de violência ocorridos nos jogos Ceará x Cuiabá, pela Série A do Campeonato Brasileiro, e Sport x Vasco, pela Série B, assim como a necessária suspensão da partida Goiás X Corinthians, ontem, pela Série A, para evitar conflitos entre torcedores.
A entidade acredita que atos como esses afastam dos estádios os verdadeiros torcedores e as famílias, os patrocinadores e a boa imagem do futebol num mundo que busca hoje novos horizontes. A CBF aguarda que o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) atue com o rigor necessário para banir os responsáveis pelas cenas chocantes ocorridas justamente no ano em que o futebol brasileiro tem muito a comemorar com os estádios lotados e os campeonatos sendo organizados com êxito nas quatro divisões.
‘Estamos indignados com as imagens que vimos hoje nas duas partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro, competições com números recordes de participação popular nos estádios e que está sendo marcado pelo retorno das famílias. Esperamos que o STJD tome posições duras. Nos colocamos no lugar dos pais daquela criança desmaiada em Fortaleza. Nós aguardamos que punições drásticas sejam tomadas pelo tribunal. O futebol brasileiro não tem mais espaço para a violência e o retrocesso’ – afirma o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues”.
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