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Ceará vai passar por readequação financeira em 2023; Veja quanto clube deixa de receber

sede do Ceará
Foto: Divulgação / Ceará SC

Após cinco anos na elite nacional, o Ceará retorna à Série B do Campeonato Brasileiro em 2023. A queda foi com resquícios de crueldade e decretada na 37ª e penúltima rodada do Brasileirão, com derrota por 2 a 0, fora de casa, diante do já rebaixado e desfalcado Avaí-SC. Com a queda, o Alvinegro tem muito a perder. Não só na questão de jogar numa divisão abaixo, mas, principalmente, no quesito financeiro.

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Sem forças e com um futebol muito apático, o Ceará venceu apenas uma partida nos últimos 19 jogos e fez um segundo turno desastroso sob o comando dos treinadores Marquinhos Santos, Lucho González e Juca Antonello, técnico interino permanente do clube. Agora, o Vovô precisa iniciar o processo de reconstrução para buscar o retorno à elite do Brasileirão já na próxima temporada para que o prejuízo seja o menor possível já que o rebaixamento vai diminuir drasticamente a captação de receitas do clube.

No ano de maior orçamento da história do Alvinegro de Porangabuçu, a diretoria e os jogadores não conseguiram cumprir os principais objetivos esportivos e verão um 2023 “apertado” nas finanças. Em 2022, a expectativa era de que o clube arrecadasse em torno de R$ 160 milhões com os direitos de transmissão e o sócio-torcedor sendo o “carro chefe” desse dinheiro.

Nas premissas, o Ceará apontava metas como: 10º lugar na Série A do Brasileiro, portões abertos o ano todo, finais da Copa do Nordeste e Campeonato Cearense, quartas da Copa do Brasil, média de venda de atletas nos últimos dois anos, manutenção e crescimento dos sócios adimplentes, maior investimento no futebol de base e profissional, dentre outros.

Na Série B de 2021, o contrato girou em torno de R$ 200 milhões. Os clubes ganharam cotas fixas entre R$ 6 milhões e R$ 8 milhões. Em 2023, por participar da Série B, o Alvinegro terá abismo de receita. Com a queda na arrecadação e sem um caixa “robusto” volumoso”, o clube deve diminuir o investimento nas categorias de base, no futsal e o futebol feminino, além do administrativo da agremiação para tentar formar o melhor time possível.

Em 2017, quando conquistou o acesso, o Alvinegro arrecadou cerca de R$ 12 milhões com a competição. Para se ter ideia da disparidade, em 2021, o Alvinegro recebeu R$ 90 milhões, e em 2019 e 2018, cerca de R$ 50 milhões.

Padrões salariais deverão ser mudados. Jogadores com contratos remanescentes também deverão ter vencimentos ajustados ou serem vendidos, além como também há possibilidade de rescisão. Além disso, a queda também impacta entre os funcionários que fazem o dia a dia do clube. A “limpa” já começou antes do rebaixamento. Muitos já se despediram nas redes sociais em diversas funções desde os seguranças ao setor de análise de desempenho, marketing e categorias de base.