Já não é novidade crise no Ceará, maus resultados, jogadores que vêm, jogadores que vão e a torcida sempre sofrendo por algum motivo. Dessa vez a crise é externa! O último jogo, diante da Chapecoense-SC, virou uma pauta à qual pouca gente deu atenção em virtude de tantos acontecimentos, no mínimo, constrangedores para qualquer torcedor.
Com o empate diante do clube catarinense, fica evidente que não houve planejamento algum para este ano de 2023. Tivemos quatro treinadores e em nenhum momento o Ceará alcançou sequer o G-6 da competição. E o que mais tem chocado a torcida é a falta de organização e de disciplina. Jogadores em “noitadas”, desrespeitando o momento pelo qual o time passa e sem nenhum comprometimento ou empatia com quem paga seus salários.
Mas, tudo isso começa lá “de cima”, com diretores que não cobram, com presidente que não aparece para dar “a cara a tapa” e deixam todo mundo confortável numa situação tão vexatória para um clube do tamanho do Ceará e com a torcida gigante que tem.
Falando ainda do jogo contra a Chapecoense… Rodou o Brasil inteiro, e até internacionalmente, uma imagem que foi o reflexo de toda essa incompetência, um “câncer” dentro do clube. O atacante Chrystian Barletta usou, durante 45 minutos, um uniforme que estampava o antigo patrocinador master do clube ao invés do atual. Um erro que gerou memes por parte dos rivais e muita comoção por parte da nossa torcida.
Como um clube profissional, com centenas de colaboradores, consegue deixar um atleta exibir o escudo do clube em rede nacional com uma camisa errada? Como consequência disso o roupeiro André Marcelo foi demitido. Muitos acham exagero e dizem que foi “apenas um erro pequeno”. Porém, a imagem do clube é um dos maiores patrimônios que se tem e qualquer mancha ou arranhões significam milhões de reais a menos, inclusive com contrato de exclusividade sobre seu patrocinador master.
Passando por esta turbulência, também tivemos a demissão do Juliano Camargo que liderava a parte do futebol juntamente de Albeci Júnior. Este continua, pelo menos até o final da temporada. E isso é uma notícia muito ruim, já que o trabalho executado por ele é desastroso.
Para o cargo de executivo de futebol fala-se em Fernando Prass. Apesar dele não ter experiência, tem a mentalidade vencedora que se faz tão necessária no Ceará. Além de identificação com o clube por sua breve, mas marcante passagem entre 2020 e 2021 sendo titular no título invicto da Copa do Nordeste 2020.
O que parece, vendo de fora, é que o time não ter sequer figurado no G-4 em nenhuma rodada desta Série B do Campeonato Brasileiro é algo normal para a diretoria, mesmo sendo o Vozão o clube detentor da maior folha salarial e de receitas da competição.
É triste de acompanhar essa situação, mas precisamos nos unir, protestar e lutar para que haja alguma mudança significativa no clube e que a torcida tenha voz ao invés de ter que ver pessoas tão desqualificadas ocupando cargos tão importantes e tomando decisões que não parecem estar alinhadas, sob nenhum aspecto, com os interesses do Ceará.
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