É impossível não comentar do primeiro duelo do ano entre Ceará e Fortaleza. O Clássico-Rei sempre é um evento à parte, nos provando que nada nos interessa o extracampo, seja a folha salarial ou o “momento” de cada clube. Clássico apenas se joga.
E se tratando do Ceará, esse não era um Clássico-Rei vantajoso. Com uma equipe relativamente nova (recém-formada), ainda buscando o entrosamento ou uma titularidade ideal. Desafio esse jogado no “colo” de Wagner Mancini.
O técnico, entretanto, soube lidar com o que tinha e fez um primeiro tempo espetacular perante as dificuldades enfrentadas. Conseguiu dominar o adversário e abrir dois gols de diferença. Mas, infelizmente, o rival conseguiu tirar, como doce de criança, a vantagem no segundo tempo do jogo.
Esse é exatamente o tipo de situação que não pode ocorrer nunca, jamais, em hipótese alguma, em um Clássico-Rei. As substituições nada estratégicas e a expulsão de Matheus Felipe doeram muito no Alvinegro. Entendo o time cansado e a necessidade de troca de jogadores. Mas, colocar Janderson e Lucas Ribeiro é um “tiro no pé” em qualquer partida.
E vimos e sentimos o gosto de uma quase derrota “amargando” pelo deslize de Mancini e pela limitação absurda de um time enorme como o Ceará. Teve garra, sim, de alguns jogadores e por isso conseguimos o empate. Jamais esquecerei o foco de Saulo Mineiro no gol e a oração silenciosa de Guilherme Castilho ao fundo.
É perceptível quando há entrega. Mas o emocional não pode abalar o time da forma que aconteceu com os gols sofridos. Fernando Miguel ainda precisa trabalhar muito parar trazer a confiança necessária para o time e para a torcida e por esses motivos olhar para Richard no banco me traz questionamentos.
Ninguém nunca saberá quais os critérios de escolha de titularidade. A torcida vê uma coisa, o técnico vê outra. Então, sempre estaremos a mercê de um milagre, de uma melhora brusca ou de ver exatamente o péssimo futebol sendo feito?
O que queremos ver são jogadores que empurram o time para frente. Que exerçam a profissão e estejam à frente da situação com os pés no chão. É assim que seguiremos. Pois há batalhas maiores a caminho e o tempo não para. Então não paremos também!
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