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OPINIÃO | Diretoria do Ceará surpreende ao pensar ‘fora da caixa’

Lucas Mugni, meia do Ceará
Lucas Mugni, meia do Ceará. Foto: Felipe Santos / Ceará SC

Neste primeiro texto, darei minha opinião sobre a movimentada janela de contratações do Ceará. Saindo do padrão dos últimos anos, que a diretoria alvinegra sempre buscava mais do mesmo no estilo “deu certo aqui em algum momento, então vamos trazer de volta”. Mas, nem sempre a dose se repetia a exemplos dos últimos anos com Richardson e Tiago Pagnussat, que em 2022 e 2023, respectivamente, foram os primeiros nomes anunciados como reforços.

Aparentemente, a gestão acordou e começou a entender como funciona um setor gerencial de futebol moderno, que vai além do treinador indicar um jogador e mais além ainda de achar que o que deu certo no passado, dará certo novamente. Nem sempre é assim e somos cheios de exemplos para provar isso.

É visível a mudança de pensamento e atitude de quem está à frente desta função, se baseando em análises, números e um Scout que tem feito um trabalho fundamental.

O meia Lourenço foi o primeiro nome anunciado pela diretoria, ainda no final do ano passado. Isso aconteceu pouco depois do término da temporada. Já achei a movimentação interessante, pois foi um jogador que, aos meus olhos, fez uma ótima Série B pelo Vila Nova-GO e sabia que poderia ter bastante mercado nas séries A e B.

Lourenço, meia do Ceará
Foto: Felipe Santos / Ceará SC

Mas a diretoria, acredito eu, que já vinha observando e analisando esse jogador em um planejamento de montagem de elenco que tinha começado já bem antes do fim da temporada, quando o time já não brigava por mais nada na competição, apenas cumpria a tabela no Campeonato Brasileiro.

Com os nomes dos estrangeiros Lucas Mugni, Facundo Castro, Facundo Barceló e Jorge Recalde, só tive mais certeza ainda que até pode não dar certo de novo 2024, mas uma coisa não podemos negar: a diretoria entendeu o que o torcedor tanto queria todo ano, era sair da mesmice, pensar “fora da caixinha”, surpreender o torcedor e é unânime que, até aqui, está conseguindo.

Pode até não dar certo 2024, mas eu tenho certeza que vai ser um time diferente do que estávamos acostumados a ver e, claro, é isso que queremos e queremos muito que dê certo. Pois o Ceará está na Série B, mas ele não é da Série B.

Facundo Castro, novo atacante do Ceará.
Facundo Castro, novo atacante do Ceará. Foto: Samuel Felix / Ceará SC

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