O início de temporada do Ceará não poderia ser melhor: atuações marcantes, mesmo diante de adversários de menor qualidade. Vale destacar o bom momento do Alvinegro e com algumas peças a se destacar.
O último jogo, no empate com o Altos-PI, não foi nada animador. Porém, considero algo normal neste processo de adaptação de vários atletas e de um modelo de jogo novo. Para se ter ideia, dos titulares diante dos piauienses, apenas quatro atletas estavam no Vozão em 2023 e apenas Richardson foi titular durante o ano todo, com Lucas Ribeiro e Erick Pulga atuando mais vindo do banco de reservas do que iniciando os jogos e Guilherme Castilho sendo utilizado muito mais na primeira metade da temporada na onzena inicial.
Vagner Mancini, apesar de estar no comando deste barco, não parece satisfazer completamente o gosto dos torcedores. Eu me mantenho ainda em período de observação, tentando entender o que o treinador quer do time e como ele pretende encaixar as peças desse “quebra-cabeça”. Não acho certo queimá-lo agora ou desacreditar do trabalho por conta desses jogos iniciais ou de escolhas que podem parecer equivocadas. Afinal, muito do que vemos hoje no time, apesar de estar indo bem, ainda é só “teste”.
Facundo Castro e Jorge Recalde, além do Facundo Barceló, demandam mais paciência que o restante, pois nenhum dos três atuou no Brasil e sequer estão familiarizados com o clima que faz aqui na nossa capital.
Apesar disso, Barceló até aqui é o melhor dos três mostrando importância na Copa do Nordeste com um gol e uma finalização na trave que terminou sendo uma assistência para o gol de Erick Pulga no empate diante do Altos-PI. O meia Recalde já fez o dele e tem melhorado pouco a pouco, porém Castro, que dos três eu imaginava que teria a maior curva de evolução, segue sem ter tido nenhuma atuação de destaque.
Acredito que no caso do Castro, especificamente, se faz necessária uma reavaliação do que pode ser feito no estilo de jogo do camisa 7, já que ele vem jogando mais com um ponta tentando buscar o fundo e o drible, coisa que não explora o que ele tem de melhor que é o passe, a criação de chances e a infiltração na área para finalizar.
No O’Higgins ele teve mais sucesso sendo quase que um meia pelo lado direito do campo. Mas, apesar disso, foram cinco anos jogando no clube chileno e como já citei, é necessário ter paciência, já que o caso dele de adaptação parece ser o mais demorado.
Já não podemos falar o mesmo sobre Erick Pulga. Para muitos, o melhor jogador do futebol cearense no momento (e terei de concordar). O atacante já soma cinco gols e uma assistência em cinco jogos disputados e vem sendo o grande “xodó” da torcida alvinegra nesse ano. Além disso, ele já tem a incrível marcar de 19 dribles completados neste período, sendo um verdadeiro “pesadelo” para os marcadores adversários.
Pulga pode ser a grande “chave” para o Ceará no próximo duelo diante do Fortaleza no primeiro Clássico-Rei do ano, sendo a primeira sequência realmente difícil do Vozão no ano de 2024 e contamos com ele nesses desafios.
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