Já são cinco rodadas pela Série B do Campeonato Brasileiro e o Ceará ainda não mostrou ser um time que busca subir à primeira divisão. Claro que ainda é cedo dizer, mas é perceptível que a atuação do alvinegro até agora está sendo grotesca. A mudança na diretoria e mudanças no elenco chacoalharam o time, mas é certo que em teoria podemos chegar mais longe.
Na derrota da última quarta (10) para o líder Vitória-BA e sem torcida no estádio Presidente Vargas, devido suspensão, o Vovô apresentou uma partida deplorável e segue sem vencer em casa. Desprovido de criação no meio de campo que acaba dificultando o ataque e com defesa tenebrosa com erros individuais, o alvinegro acaba facilitando o jogo adversário. São oito gols sofridos contra apenas dois marcados e se continuar com essa apatia dentro de campo a lanterna que já está acesa permanecerá sendo território dos fracassos.
Ao técnico Eduardo Barroca lhe resta a tentativa de reconstruir a “reconstrução do gigante” e essa obra não será fácil. Se ele buscava o equilíbrio entre ser ofensivo e defensivo, não conseguiu evolução nenhuma. Observando as partidas não extraímos nada de bom e de novo na equipe. Até agora são 3 jogos no comando pela Série B com uma vitória, uma empate e uma derrota consecutivamente, mas mesmo com esse curto tempo era de se esperar o mínimo avanço no grupo que ao invés disso mostrou total falta de aptidão nessas partidas. Mesmo com as tentativas de substituição o desempenho foi de pouco futebol mostrado.
O time precisa se impor principalmente nesse começo para brigar pelo acesso, precisa de organização coletiva, ligação entre as posições, propor o jogo principalmente jogando em casa e reverter a situação marcando gols. São um conjunto de fatores que precisam ser solucionados que em primeiro momento está sendo alarmante e quem não prometia vitórias agora precisa garantir.
Somos tricampeões da Copa do Nordeste, mas a alegria desse título não pode fechar nossos olhos. Ao que parece a curto prazo o Ceará vinha fazendo bom trabalho em competições eliminatórias, (no comando do ex-técnico Gustavo Morínigo) mas se tratando de brasileirão onde cada jogo significa uma colocação a mais ou a menos ditando o decaimento ou a ascensão temos que persistir sem arrependimentos até o final do ano.
Depois das infelicidades de 2022, o mínimo que esperamos é chegar à Série A novamente pois sabemos que somos capazes. Temos um elenco que “no papel” é qualificado e está sendo cobrado por isso. O torcedor não merece ver o que está acontecendo. Queremos o glorioso de volta a elite e todos que estão a frente dessa batalha precisam sentir o peso da nossa camisa. Avante!
Texto publicado pela colunista Ana Clebia.
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