Preconizei, no início deste ano que, o eventual título de campeão do Cearense do Ceará , que, posteriormente, se confirmou, faria com que nosso ano na Série B do Campeonato Brasileiro fosse difícil. Infelizmente, esta previsão está se confirmando, mas de uma maneira mais suave do que pensei, na medida em que ainda temos muitas chances de subir a esta altura do campeonato e sob os comandos do treinador Léo Condé.
A derrota para a Chapecoense-SC, apesar de ter sido um “duro golpe”, não pode ser considerada como algo que tirará o foco do elenco para o resto da competição, pois os erros individuais, muito mais que a atuação do conjunto do time, determinaram este revés – ambos erros de marcação, de modo que deixaram o atleta da Chape cabecear tranquilo no primeiro e não marcaram o rebote no segundo). Ainda assim, temos 12 rodadas pela frente, ou seja, pela produção do time, somos um grande candidato ao acesso.
COMANDO NO CEARÁ
Isso passa pela gestão de elenco de nosso treinador. Há um caso especial, o qual Léo Condé tem de lidar, que deve ser debatido e entendido pela torcida, a saber, o do Matheus Felipe. Claramente, ele não está em seu melhor nível técnico e, pelas partidas anteriores, é notório que ele oscila entre partidas regulares e partidas ruins. Entretanto, há algo no futebol que deve ser levado em consideração quando se coloca alguém com essas características para jogar. Precisamente, refiro-me à liderança. Matheus Felipe possui esta característica, tanto que virou capitão da equipe ao longo do período de Condé. A liderança que ele exerce no elenco precisa ser levada em consideração, o que acarreta que o treinador necessita confiar em colocá-lo para jogar.
Mas, há um momento que apenas a liderança não é suficiente se não houver entrega técnica, uma vez que está óbvio que ele compromete em algumas partidas, fazendo com que a equipe leve gols desnecessários. Precisamos, não obstante, confiar na gestão de elenco do treinador, uma vez que até o momento está dando certo, malgrado os percalços normais de um campeonato equilibrado tal qual a Série B. Se, por um lado, Matheus Felipe é nosso “calcanhar de Aquiles”, por outro lado, teremos a volta de nosso atacante mais perigoso, junto com Erick Pulga: Saulo Mineiro.
Saulo fez falta diante da Chape, pois suas “brigas” constantes pela bola que vem de chutão da defesa, sua marcação na saída de bola e suas criações de jogadas peculiares, arrastando na força a marcação adversária, serão cruciais se quisermos subir. Não temos substituto com as características do Saulo, o que faz com que o time tenha que jogar mais cadenciado sem ele. Portanto, nada de chorar as pitangas. Ainda há um grande número de partidas pela frente e o Ceará está efetivamente na briga pelo acesso. O jogo contra o Coritiba, nesta noite, é crucial e até mesmo um empate, apesar de amargo, nos servirá para o restante do campeonato. Nossa meta agora é chegar na partida contra o Sport-PE aqui vivos. Se isso acontecer e se ganharmos dos pernambucanos, tenho certeza que subiremos.
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