Arena Castelão é investigada por fraude e corrupção em obras

A Polícia Federal (PF) deflagrou a operação “Colosseum”, a fim de elaborar um inquérito policial para apurar fraude de milhões de reais nas obras da Arena Castelão realizadas entre os anos de 2010 e 2013. Essa investigação está correndo nas últimas semanas e apontam exigências e pagamentos de propina a agentes e servidores públicos.

LEIA TAMBÉM:
Presidente do Ceará revela quantas contratações serão feitas para 2022
Ceará já negocia e monta operação financeira para fechar com camisa 9
Ceará anuncia retorno do volante Richardson para 2022; saiba mais

ARENA CASTELÃO E PROCESSO DE REFORMA

As informações foram divulgadas pelo Globo Esporte (GE). As obras aconteceram ainda sob a administração do governador Cid Gomes (PDT), hoje senador. Além dele, o pré-candidato a presidente Ciro Gomes (PDT) também é um dos que estão sendo investigados e se manifestou sobre o assunto em seus canais oficiais

“Chega a ser pitoresco. O Brasil todo sabe que o Castelão foi o estádio da Copa com maior concorrência, o primeiro a ser entregue e o mais barato construído para Copas do Mundo desde 2002. Ou seja, foi o estádio mais econômico e transparente já feito para a Copa do Mundo. Mas não é isso. E sejamos claros. Não tenho nenhuma ligação com os supostos fatos apurados. Não exerci nenhum cargo público relacionados com eles. Nunca mantive nenhum tipo de contato com os delatores. O que, aliás, o próprio delator reconhece quando diz que nunca me encontrou. Tenho 40 anos de vida pública e nunca fui acusado nem processado por corrupção”, disse.A

As investigações tiveram início em 2017, quando foram identificamos indícios de esquemas relacionados ao pagamento de propina a uma empresa, para que ele vencesse o processo de licitação. Em seguida, na fase de execução das obras para a Copa do Mundo de 2014, haveria recebimento dos valores devidos pelo Governo cearense.

“Apurou-se indícios de pagamentos de R$ 11 milhões em propinas diretamente em dinheiro ou disfarçadas de doações eleitorais, com emissões de notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas”, disse a operação. 

Ao menos 80 policiais cumprem 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela 32ª Vara da Justiça Federal. Os domicílios investigados estão nas cidades de Fortaleza, Meruoca, Juazeiro do Norte, São Paulo, Belo Horizonte e São Luís. As diligências buscam mídias digitais, aparelhos celulares e documentos que possam contribuir com a investigação dos crimes. Atualmente, a praça recebe jogos de Ceará e Fortaleza que estão na primeira divisão do futebol nacional.