O Ceará participou de reunião, na semana passada, que foi promovida pelo Ministério Público Federal (MPF) para que sejam aplicadas maneiras eficazes no combate à LGBTQIA+fobia nos estádios cearenses.
Cada vez mais envolvido com políticas públicas e ações sociais, o Alvinegro participou do debate que teve como pauta a execução de ideias para tornar o futebol cearense um ambiente em que todos se sintam confortáveis em fazer parte. Um dos assuntos debatidos foi o combate à LGBTQIA+fobia.
Já tendo sido punido uma vez na Série B por cantos homofóbicos, o clube quer evitar que novos episódios como esse voltem a acontecer. O objetivo é conscientizar seus torcedores através de capacitação sobre o assunto e a participação de membros das torcidas organizadas, de onde surgem as músicas entoadas nos estádios, é essencial para a evolução da ideia.
A ideia é a criação de um Grupo Temático Interinstitucional de Combate à LGBTQI+fobia nos estádios de futebol do Estado do Ceará, além de campanhas com atletas, torcedores e também imprensa esportivas para mostrar a importância de combate à violência contra os LGBTQIA+.
O Ceará tem praticado ações com o intuito de que todos seus torcedores se sintam abraçados através de trabalhos como doação de abafadores para crianças autistas nos jogos, doações para pessoas em situação de vulnerabilidade e também levar crianças com deficiência para assistir às partidas do clube diretamente do estádio.
Mas, ao que se trata de combater a violência contra os LBTAQIA+ nos estádios, o clube está ciente que será um trabalho de longo prazo e que necessidade de continuidade. Isso porque culturalmente o Brasil é um país violento contra LGBTQIA+. Segundo dados, um LGBTQIA+ é morto no Brasil a cada 34 horas.
Além do Ceará, a reunião promovida pelo MPF também contou com as presenças do Fortaleza, Comissão da Diversidade Sexual e Gênero, Secretaria da Cidadania e da Diversidade do Ceará, Secretaria de Esporte do Ceará e Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará.
Participaram também os Ministérios Públicos Federal e Estadual, Secretaria de Segurança Cidadã de Fortaleza, Coletivo Mães da Resistência, Centro de Referência LGBT+ Thina Rodrigues e a Ordem dos Advogados do Brasil do Estado do Ceará.
Vale ressaltar que dentre as torcidas organizadas do Ceará tem a Vozão Pride, que é torcida LGBTQIA+ do Nordeste.

CEARÁ JÁ FOI PUNIDO POR CANTOS HOMOFÓBICOS DA TORCIDA
Ato de LGBTAQIA+fobia já prejudicou o Alvinegro. Em vitória sobre o Vila Nova-GO, pela 18ª rodada da Série B, o árbitro relatou na súmula da partida que parte da torcida do Vozão entoou cantos homofóbicos, na Arena Castelão.
O Ceará foi a julgamento e o Superior Tribunal da Justiça Desportiva (STJD) puniu o clube em R$40 mil.

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